CBF cita trabalhadores em jogos do Flamengo para ser contra parar Brasileiro

14/05/2024, 13:13
Presidente da CBF diz que Flamengo gera 1.200 postos de trabalho com jogos no Maracanã e que parar Brasileiro ameaça sustento a famílias

O presidente da CBF, Ednaldo Pereira, citou as centenas de postos de trabalho criados por jogos do Flamengo como argumento para convencer os clubes a não parar o Campeonato Brasileiro. Ednaldo disse em entrevista ao GE que acatará a decisão dos clubes, mas que a CBF vai expor o contraditório da paralisação. Foi aí que ele deu o exemplo do Flamengo.

“Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Com essa cota dão sustento às suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol”, afirmou Ednaldo.

Spindel reclama da CBF e confirma que Flamengo não quer parar Brasileiro

Em 2020, durante a paralisação do futebol para a pandemia, o Flamengo teve que doar cartões-alimentação para cerca de 900 ambulantes do estádio, que viram seus trabalhos afetados pela ausência de jogos.

Desta vez, o Flamengo, ao lado de Palmeiras e São Paulo, é um dos únicos clubes que se posicionaram publicamente contra a paralisação do Brasileiro por conta das enchentes no Rio Grande do Sul. O trio ofereceu como alternativa o uso de suas instalações de treinamento e seus estádios pelos clubes gaúchos enquanto não puderem voltar a treinar e jogar em casa.

A CBF marcou para o dia 27 de maio uma reunião sobre a paralisação total do Brasileiro. Até lá, deve manter adiados apenas os jogos de Grêmio, Internacional e Juventude.


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Lucas Tinôco
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Acima de tudo Rubro-Negro. Sou baiano, tenho 28 anos e cursei Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Além do MRN, trabalhei durante muito tempo como ap...