Diante dos recorrentes casos de racismo e preconceito no futebol, a CBF decidiu investir em uma pesquisa importante. Nesse sentido, a Confederação Brasileira do esporte se uniu ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol, e juntos, anunciaram o Levantamento da Diversidade no Futebol Brasileiro. A Nike, bem como, ajudou no desenvolvimento do estudo.
A pesquisa, portanto, tem como principal objetivo traçar um perfil dos atletas no Brasil e coletar informações pessoais dos entrevistados. De acordo com a CBF, a iniciativa se estende não só aos atletas das séries A e B masculina e A1 e A2 feminina, como também aos treinadores e árbitros. No entanto, os organizadores da pesquisa garantem anonimato para quem responder o questionário.
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Desse modo, o levantamento da CBF, com parceria do Observatório, irá se basear em quatro principais temas: diversidade racial, religiosa, orientação sexual e o impacto da discriminação na carreira dos profissionais. O estudo, inédito no futebol brasileiro, será divulgado apenas no final de agosto.
O atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, defendeu a importância desse levantamento para o futebol. De acordo com o mandatário, essa será a mensagem da sua gestão na entidade.
“Tenho plena certeza de que este levantamento será um importante instrumento para o combate ao racismo no Brasil e será um exemplo para o mundo. Na minha gestão, sou o primeiro negro e nordestino da história da CBF em 109 anos a ocupar o cargo de presidente da entidade. O racismo é uma das principais bandeiras que defendo à frente da CBF e nosso foco é levar para todos a nossa mensagem de igualdade, inclusão e transparência desde o primeiro dia”, disse.
CBF mobilizou futebol brasileiro para prestar apoio a Vini Jr
Infelizmente, em maio deste ano, Vini Jr foi vítima de ataques racistas na Espanha. O cria do Flamengo, no entanto, não abaixou a cabeça para os criminosos e se tornou um grande símbolo de luta antirracista no esporte. Desse modo, a CBF planejou homenagens para o jogador pela Seleção Brasileira, assim como em competições do calendário nacional.
Em amistoso do Brasil, por exemplo, a Seleção quebrou um protocolo e entrou, pela primeira vez, de uniforme preto contra a Guiné. No Brasileirão, bem como, jogadores e árbitros entraram em campo com a camisa “Com racismo não tem jogo” durante a execução do hino nacional.