Candidatos ao governo do Rio detonam edital do Maracanã: 'Inaceitável'

Enquanto sonha com seu estádio próprio, o Flamengo ainda estuda participar da concessão do Maracanã, mas o edital não tem agradado os dirigentes. Além da obrigatoriedade de haver camarotes e regalias ao governo, a última alteração no edital obriga o concessionário a cobrar o mesmo valor de aluguel a todos os clubes do Rio.

O jornal “O Globo” entrevistou os principais candidatos ao governo do Rio de Janeiro. Cláudio Castro, atual governador e quem lançou a proposta sobre o edital do Maracanã, não quis participar. Portanto, Marcelo Freixo e Rodrigo Neves detonaram o edital e criticaram as regalias aos políticos.

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Marcelo Freixo (PSB), falou sobre setor popular no Maracanã e criticou a obrigatoriedade de camarotes e regalias ao governo: “O Maracanã não pode ser tratado como moeda de troca e instrumento de distribuição de favores. É inaceitável a ingerência prevista do estado na gestão do concessionário, que não teria sequer autonomia para indicar livremente seus executivos”.

“Vamos garantir tratamento isonômico aos concorrentes do processo licitatório e possibilidade de planejamento no longo prazo. E garantindo segurança jurídica e viabilidade econômica é possível garantir a realização de investimentos necessários como um setor popular no estádio”.

Mas Rodrigo Neves também criticou e disse que não irá tolerar pastes do edital do atual governador:

“Vamos fazer uma análise técnica rigorosa em todo o processo da concessão. Tem que se comprovar boa para a população carioca e fluminense, para o torcedor, responsável com o erário público e positiva para o Estado do Rio. Não vamos tolerar partes do edital em que o atual governador, por exemplo, pede vagas cativas para assessores do governo do Estado. Isso é um absurdo, inaceitável”.

Flamengo terá as mesmas condições de uso que clubes que não participam da administração do Maracanã

Flamengo e Fluminense não estão satisfeitos com os termos do edital. Uma das obrigações é que sejam disponibilizados sete camarotes para o governo do estado (antes eram cinco), com vagas em estacionamentos e serviço de buffet liberado para os convidados.

Mas a última modificação também foi motivo de críticas. O governo determinou que todos os clubes do Rio, independentemente de serem gestores ou não do Maracanã, devem ter as mesmas condições de uso, incluindo o valor de aluguel.