Câmara decide criar CPI sobre apostas na Série A, mas quer esperar nova lei

Arthur Lira é o 55º presidente da Câmara dos Deputados e lidera investigação de possíveis esquemas envolvendo a Série A e jogos de azar. Ele indicou aos federais que vai instalar CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). O pedido foi feito por Felipe Carreras, parlamentar. O caso, aliás, conta com as assinaturas necessárias para começar.

Em março foram instauradas investigações sobre a questão na Série B. No entanto, durante a última semana, seis jogos do Campeonato Brasileiro passaram a sofrer suspeita do ato fraudulento. Mas é muito importante frisar que até o presente momento, a investigação não resultou em suspeita de manipulação de resultados, mas apenas de cartões. Além disso, não existe nenhum indício de que isso tenha acontecido no jogo do Flamengo.

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A CPI reúne 216 assinaturas para ser instalada. No entanto, a comissão estuda aguardar a regulamentação das casas de apostas no Brasil. É que será necessária a presença de donos desses estabelecimentos para dar justificativas e auxiliar nas investigações. No entanto, sem o serviço regularizado, dificilmente isso seria possível. Até porque, para regularizar, a casa precisa estar presente no país. Assim, excluindo serviços do exterior. Logo, não haverá convovação dos donos de casas estrangeiras, mas sim os que estiverem em solo nacional.

Felipe Carreras explica a importância da investigação e abertura de CPI

Segundo o parlamentar, o principal objetivo é não deixar que os jogos de azar estraguem o espetáculo dentro de campo. Além disso, evitar que fatores injustos possam impactar no resultado das partidas de futebol.

“A preocupação quanto à integridade das partidas tem sido crescente nos últimos anos, em especial por conta do crescimento das apostas online. A manipulação de resultados evoluiu e se tornou muito mais sofisticada e direcionada, alcançando inclusive, outras modalidades esportivas”, inicia a sua justificativa.

Carreras conta ainda que todos os aspectos do jogo, como estatísticas, são alvos de apostadores, e não só os placares. Isso torna ainda mais preocupante.

“As apostas esportivas atualmente vão além de tentar adivinhar o resultado de uma partida. Elas permitem apostar, por exemplo, qual time de futebol terá mais escanteios em um jogo ou até qual equipe receberá um número específico de cartões amarelos ou vermelhos, e aí que as quadrilhas agem. A falta de regulamentação do setor ainda deixa lacunas que permitem que criminosos agindo de má-fé maculem o resultado esportivo”, finaliza.

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