Bruno Pet diz por que Pedro não tem sido titular no Flamengo de Filipe Luís

A não titularidade de Pedro tem sido uma das grandes polêmicas de Filipe Luís no Flamengo. O jogador já voltou aos gramados, mas na última partida, contra a LDU, pela Libertadores, voltou a ficar no banco de reservas.
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Os torcedores criticaram bastante a escalação, que foi justificada por Filipe Luís, após a partida, com o fato do centroavante ainda não estar 100% fisicamente.

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Mas o analista tático Bruno Pet publicou, em suas redes sociais, uma explicação indicando que a questão física não é o único fator que pesa para a decisão.
Encaixe de Pedro no modelo de Filipe Luís é problema para o Flamengo
Segundo Bruno Pet, Filipe Luís tem dificuldades de escalar Pedro por conta da pressão alta do Flamengo na saída de bola adversária.
"Tem a ver com a questão física, mas também tem a ver com o encaixe dele no modelo do Filipe Luís. Desde que assumiu o comando do time, uma das principais características do Flamengo de Filipe Luís é a pressão alta. Um time que sobe, pressiona, abafa e incomoda o adversário o tempo todo", inicia.
Ele explica que Filipe Luís encontrou outras alternativas enquanto Pedro estava fora, e por isso, o time se condicionou a um novo modelo de jogo.
"Com o Pedro fora, as opções eram de mais mobilidade, como Bruno Henrique, Plata e Juninho. Isso afeta não só como o time ataca, mas como se defende. Todos esses atacantes são mais leves e têm mais intensidade no salto de pressão. Na hora que o time sobe para pressionar, o deslocamento deles é mais rápido. Isso é fundamental porque tira o tempo para pensar do adversário. Isso, muitas vezes, leva ao erro", explica.
As dificuldades de Pedro para jogar pressionando
Para Bruno Pet, Pedro até pode exercer essa função, mas enfrenta problemas, como a falta de intensidade e velocidade.
"O Pedro tem, sim, condições de fazer essa pressão alta. Mas tem alguns poréns. O primeiro é que ele vai fazer com menos intensidade. Os deslocamentos serão mais lentos, e isso exige compensação de outros jogadores. Inclusive, do próprio Arrascaeta", comenta.
Além disso, a questão física é, de fato, uma questão.
"A outra questão é a condição física do Pedro. Ele até está apto a jogar, mas talvez não o suficiente para se encaixar nesse modelo de pressão constante do Filipe Luís. Para se encaixar nessa estratégia, ele precisa estar 110%, se não, compromete o coletivo", afirma.
O impacto negativo de Pedro em campo
Por fim, o analista traz dados para mostrar que o Flamengo de Filipe Luís, de fato, tem menos tempo com a bola quando coloca o atacante em campo, já que o time rouba muito menos na frente.
"Nos últimos dez jogos, as vezes em que Pedro foi titular foram, justamente, jogos em que o Flamengo teve menos posse de bola. Menos pressão na marcação, mais tempo de posse para o adversário. Todo mundo quer ver o Pedro titular, mas será preciso tempo para que o time se adapte ao Pedro. Tempo para que o Filipe Luís consiga encaixar a pressão alta com ele em campo, e, principalmente, tempo para que o Pedro chegue ao nível físico necessário para que ele entregue ao time o que o time precisa dele", conclui. Veja a análise completa abaixo.