Bruno Henrique diz que vive o auge da carreira e espera repetir os títulos de 1981 para o Flamengo

27/10/2019, 13:55

A fase do Flamengo é brilhante dentro dos gramados. Com Jorge Jesus no comando, a equipe rubro-negra chegou à liderança do Brasileirão abrindo dez pontos sobre o segundo colocado, e além disso, se classificou à final da Libertadores, o que não acontecia há 38 anos.

As vitórias em campo foram conquistadas com muitos gols e a dupla de ataque tem grande responsabilidade nisso. Bruno Henrique e Gabriel Barbosa já anotaram 60 vezes na temporada, mais que a metade dos gols marcados pelo Flamengo no ano (116). Enquanto Gabigol é o artilheiro com 35 tentos, Bruno é o segundo colocado da artilharia rubro-negra, com 25. Assim, Bruno Henrique foi convocado por Tite para a seleção brasileira e já afirma que nunca esteve nesse patamar:

“Estou no meu melhor momento, o auge da carreira.” 

Em entrevista ao Esporte Espetacular, o atacante falou sobre a Libertadores, título que o Flamengo só conquistou apenas uma vez, em sua primeira participação, Bruno Henrique disse que passou um filme de toda a campanha atual após o 5 a 0 contra o Grêmio:

– Na última quarta-feira passou um filme de tudo que a gente viveu. O jogo de ida contra o Emelec foi o pior momento para gente, mas passou com a classificação no Maracanã – afirmou o camisa 27.

– O time de 1981 tinha grandes jogadores como Júnior e Zico e não foi à toa que ganharam a Libertadores e o Mundial, diante do Liverpool. A gente pega isso como experiência e espera poder repetir esse feito – completou Bruno. 

Bruno Henrique é o segundo maior artilheiro do Flamengo no ano, com 25 gols em 50 jogos. (Foto: CRF – Divulgação)

Ao chegar no Flamengo no início do ano, Bruno Henrique encantou a torcida com seus dois gols logo na estreia, contra o Botafogo. Depois de alguns meses e vivendo seu melhor momento, agora é o atacante que se mostra encantado com o clube e seus torcedores:

– Ser flamengo é você olhar para a arquibancada e ver o amor dos torcedores. Ter o prazer de representar esse povo. 70 mil pessoas cantando um só hino, às vezes eu paro no jogo e olho, foge um pouco o foco, mas arrepia.

Bruno Henrique também disse que Jorge Jesus é o grande mentor da mudança de futebol apresentado, é o treinador que deu a coragem necessária para que o Mais Querido chegasse na decisão da Libertadores e esteja próximo do título nacional:

– Com a qualidade do time que a gente tem, a gente precisava disso. Uma pessoa que desse coragem para fazer o que estamos fazendo hoje dentro de campo, é um futebol muito bonito de se ver. Você vê o Rodrigo Caio e Pablo Marí dando bote lá na frente para ajudar. A gente via os zagueiros do Sporting e Benfica (clubes que Jesus treinou em Portugal) fazendo isso e falava “caramba, como que vamos fazer isso?”, com medo de tomar bola nas costas. Mas tudo isso tem um preço, se tem um que sobe na marcação, outro jogador sempre vai cobrir. Aos poucos a gente foi trabalhando e entendendo.

Para o camisa 27, o River Plate, atual campeão da Libertadores, não é um time que assusta o elenco rubro-negro, que jogará da mesma forma que vem atuando no dia 23 de novembro, dia da final em jogo único:

– Assustar e preocupar acho que não, são homens igual a gente. É tradição de Brasil x Argentina. A gente defende as nossos cores e clube como eles vão defender o deles. Vamos entrar para fazer o nosso jogo, como fazemos dentro ou fora de casa.


Rafael Sacharny
Autor

Jornalista carioca formado pela FACHA, pós-graduado em Jornalismo Esportivo e repórter fotográfico.