Brie O'Reilly? Levantadora do Flamengo explica mudança no sobrenome
O torcedor do Sesc Flamengo precisa se acostumar a chamar sua levantadora de Brie O’Reilly a partir de agora. A atleta canadense confirmou que volta a utilizar nome de solteira após o fim de seu casamento e não atende mais por King, sobrenome que usou desde começou carreira profissional em 2019.
“Quando comecei minha primeira temporada profissional eu era casada e desde então fiquei conhecida como Brie King. Como não estou mais casada, decidi voltar ao meu nome de solteira: Brie O’Reilly”, disse a levantadora em entrevista ao portal italiano Volley News.
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Mas a mudança de nome não tomou muito tempo da entrevista. Brie logo respondeu seu período defendendo o Flamengo e impressões do vôlei brasileiro. Ela afirmou gostar de jogar no país e disse ter encontrado voleibol muito diferente do que tinha experienciado em suas passagens por ligas da Alemanha, França, Estados Unidos e cenário universitário do Canadá.
“Gosto muito de jogar no Brasil. É uma experiência completamente diferente das anteriores. O país tem uma grande paixão pelo voleibol, a qualidade do controle de bola e o QI do voleibol são em média muito elevados, e o campeonato é super competitivo. Sinto que para ter sucesso aqui é preciso sempre se esforçar 100%, e isso é ótimo para um jogador”, disse.
Agora, Brie O’Reilly está aproveitando período de férias antes de se apresentar à Seleção Canadense. A equipe ainda não conseguiu vaga nos Jogos Olímpicos de Paris e precisa de boa campanha na Liga das Nações para pegar vaga do ranking. A competição começa com estreia justamente contra o Brasil, no dia 14 de maio, às 21h.
Vale destacar que o jornalista italiano que conduziu a entrevista, Alessandro Garotta, é o mesmo que cravou a renovação da atleta com o Fla para a temporada 2024/25. Apesar de ainda não confirmado pelo clube, o retorno da atleta após o período com a seleção é dado como certo por grande parte da imprensa.
Brie avalia temporada do Sesc Flamengo
A canadense finalizou sua segunda temporada com o Manto Sagrado com prêmio de melhor levantadora da Superliga pela segunda vez. Ao analisar a temporada, ela destacou que manter o elenco da temporada de 22/23 foi fundamental para o time fazer melhor campanha na fase de pontos e classifica temporada como positiva, mas também lamentou queda na semi para o Praia Clube.
“Tivemos uma temporada muito positiva. Tínhamos grandes expectativas porque quase toda a equipe renovou. Portanto, conseguimos pular o período de adaptação nos primeiros meses. Quando entrei no grupo após o Pré-Olímpico, foi muito fácil reencontrar o entendimento e por isso sabíamos que seria um ano especial. No final, o time foi protagonista de uma jornada incrível e conseguiu chegar aos Playoffs como primeiro. Estou orgulhosa do trabalho que realizamos e do espírito que construímos”.
Dias antes da primeira semifinal, Brie foi diagnosticada com dengue e chegou a ser internada em função da gravidade do problema. O time até reagiu bem, mas perdeu por 3 sets a 2. Ela fez esforço para estar em quadra no segundo jogo, mas não conseguiu desempenhar seu máximo sem a condição ideal e fez jogo impreciso, agravado pela noite ruim das atacantes.
“Infelizmente, no melhor momento, fui acometido de dengue e fui internado no hospital. Portanto, tive que perder o primeiro jogo contra o Praia. Só pude voltar a campo dois dias antes do jogo 2. Então, eu não estava na melhor forma. A equipe deu tudo de si nos dois jogos, mas teve azar por ter que enfrentar tal situação na semana mais importante da temporada.”
Trabalho com Bernardinho
Trabalhar com Bernadinho é um desejo de muitas atletas do voleibol mundial. Afinal, estrelas nacionais e internacionais já vestiram a camisa dos times onde o treinador estava apenas pela chance de aprender com um dos maiores nomes da história do esporte. Para Brie não é diferente, e ela destaca qual maior ensinamento do treinador.
“Trabalhar com o Bernardo é um sonho que se tornou realidade. Ele é um treinador de muito sucesso, mas também é muito humilde e tem uma ética de trabalho extraordinária. Com ele é impossível não dar o seu melhor todos os dias nos treinos porque seus padrões são muito elevados e sua abordagem é baseada em um modelo de cima para baixo. O melhor conselho que recebi dele é ser humilde e sempre assumir minhas responsabilidades. Porque é fácil culpar os outros e ser egoísta no contexto de um esporte coletivo, mas isso não fortalece o grupo. Bernardo me passou esse princípio, o que me ajudou a crescer e me tornar um jogador maduro.’
Por fim, a atleta de 26 anos afirmou que tem desejo de atuar na Liga Italiana antes do fim de sua carreira. Segundo portais, ela inclusive foi alvo de equipes da Itália nesta janela, mas Bernardinho fez esforço para manter o destaque da equipe.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.