No segundo e último compromisso da Seleção na Europa, Vini Jr. será o grande protagonista. O atacante do Real Madrid foi o escolhido para carregar a braçadeira de capitão no amistoso entre Brasil e Espanha. A partida acontece nesta terça-feira (26), no estádio Santiago Bernabéu, em Madri.
Danilo quem desempenhou esse papel no sábado (23), contra a Inglaterra. O lateral, inclusive, foi muito elogiado por torcedores e se mostrou um verdadeiro líder em campo. Mas hoje, o duelo contra os espanhóis é para além das quatro linhas.
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Vini Jr sofre ataque constante no país. Vítima de racismo em praticamente todo jogo, o Camisa 7 virou o símbolo da CBF para promover a partida contra a Espanha. O amistoso servirá também para reforçar ações sociais contra o preconceito racial.
Essa será a primeira vez de Vinícius como capitão do Brasil. O craque tem apenas 23 anos, nove a menos do que Danilo, que assumiu a braçadeira com as ausências de Marquinhos, Thiago Silva e Casemiro. Ou seja, o cria do Ninho terá uma enorme responsabilidade. A boa notícia é que Vini Jr conhece muito bem os quatro cantos do estádio, onde faz história a cada temporada pelo Real Madrid.
Vini Jr desabafou antes de Brasil x Espanha
Antes da bola rolar para Brasil x Espanha, Vinícius Júnior participou de uma coletiva de imprensa no CT do Real. Diante do sério contexto do jogo, as perguntas sobre os ataques racistas que o atleta vem sofrendo não ficaram de fora da entrevista. Exausto, Vini foi às lágrimas e emocionou a todos.
O craque protagonizou um forte discurso sobre sua luta diária para combater o racismo no esporte. Em determinado momento da coletiva, ele admitiu que tem cada vez menos vontade de jogar por conta dos criminosos que passam despercebidos pelas autoridades.
“No futebol têm muitas pessoas, jogadores, melhores do que eu que já passaram por aqui e eu quero fazer com que as pessoas no mundo possam evoluir e que podemos ter igualdade em um futuro bem próximo. Que possam ter menos casos de racismo e que os negros possam ter uma vida normal como tantas outras. Quero seguir lutando só por isso, pois se fosse só por mim eu já teria desistido. Fico dentro de casa, ninguém vai me xingar ou fazer algo comigo. Vou aos jogos com a cabeça centrada no jogo para que eu faça o melhor para minha equipe, mas nem sempre é possível. Tenho que me concentrar muito, todos os dias”, desabafou.