Enquanto Brasil discute tributar casas de apostas, Premier League proíbe patrocínio em camisas

A derrocada iminente das casas de apostas parecem estar se concretizando. Ao redor do mundo, medidas começam a ser tomadas em combate a essa prática. No Brasil, isso está começando a acontecer, já que o governo estuda tributar os serviços destas casas. Assim, apenas as casas legalizadas dentro do país poderão seguir atuando. Para isso, será preciso ter sede nacional. A medida evitaria que qualquer casa estrangeira possa atuar em solo nacional. Mas na Inglaterra, os próprios clubes da liga inglesa começaram a tomar atitudes.
As equipes baniram os patrocínios de sites de apostas em suas camisas. A própria Premier League, o campeonato local da Inglaterra, publicou sobre a decisão coletiva dos clubes. A medida diz respeito principalmente ao patrocínio de frente da camisa, ou seja, o patrocínio máster.
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“Os clubes da Premier League concordaram coletivamente em retirar o patrocínio de jogos de azar da frente das camisetas dos clubes, tornando-se a primeira liga esportiva do Reino Unido a tomar tal medida voluntariamente para reduzir a publicidade de jogos de azar”, diz a liga em seu Twitter.
No entanto, isso só passa a valer na temporada 2025/26, para que os clubes possam se organizar com os desacordos e a procura de novos patrocinadores, evitando que as equipes saiam lesadas na situação, conforme explica a nota oficial da Premier League.
“Para ajudar os clubes na transição do patrocínio de jogos de azar, o acordo coletivo começará no final da temporada 2025/26”, complementa.
Flamengo tem patrocínio da Pixbet
Um dos principais patrocinadores do Flamengo é justamente uma casa de apostas: a Pixbet. A empresa em questão só rende menos dinheiro ao Flamengo do que Adidas e Banco BRB, fornecedora de material esportivo e patrocinador máster, respectivamente. Confira os valores:
- Adidas – R$ 32 milhões
- Banco BRB – R$ 32 milhões
- Pixbet – R$ 24 milhões
- Mercado Livre – R$ 21,5 milhões
- Sil Cabos – R$ 12 milhões
- Assist Card – R$ 10 milhões
Recentemente, o Ministro da Fazendo Fernando Haddad comentou a tributação dessas casas no Brasil: “Não é justo não tributar uma atividade que muitas pessoas não concordam que exista no Brasil, mas é uma realidade. Se é uma realidade do mundo virtual, nada mais justo que a Receita tributar. Estávamos trabalho com até R$ 6 bilhões, mas parece que é o dobro disso: entre R$ 12 e 15 bilhões”, diz Fernando Haddad.