Botafoguenses ligam modo chororô com CBF e surtam com Tite no Flamengo ao vivo
Uma conversa entre dois botafoguenses no ‘+/- Podcast’ repercutiu bastante nas redes sociais. A teoria da conspiração levantada no programa levou os torcedores aos risos e as aspas só podiam ser de torcedores do Botafogo. Ao falar sobre Tite, por exemplo, a dupla não se esqueceu de frisar que o treinador disse que não trabalharia em 2023 e que estaria descumprindo sua palavra.
Leia mais: Landim contraria Conmebol e não abre mão de jogo no Maracanã
“‘Seu’ Tite tem que vir à tona, dizer o motivo de estar dirigindo um time em 2023, hein?”; questionou Lucas Albuquerque, antes de ver seu fiel escudeiro Sergio Mello vociferando ódio disfarçado de medo contra o novo técnico do Flamengo, e claro, o próprio clube.
“Tite e Flamengo é a união perfeita. Um clube e um treinador que não tem palavra. Por isso que essa união pode dar certo. Pegou um clube ali que não tem moral, clube mentiroso, que trabalha no bastidor, e um treinador que mete uma bronca, lacrador, disse que não ia treinar clube nenhum e está no Flamengo. É o casamento perfeito”, diz Sergio.
Para que o torcedor entenda, é preciso lembrar que Tite, ao deixar a Seleção Brasileira, disse que não trabalharia em clube algum em 2023 para que pudesse descansar e ficar com a família. Mas é importante lembrar que chegamos ao mês de outubro e faltam apenas dois meses para o fim do ano.
Além disso, a chegada de Tite é muito mais para preparar o terreno para a próxima temporada após um ano ruim. Outro argumento muito visto por aí é que simplesmente o treinador pode ter mudado de ideia. Certamente, a declaração do botafoguense tem fundo clubístico e amedrontado, já que os alvinegros estão acostumados com o fracasso e provavelmente temem uma nova derrocada.
Torcedores do Botafogo atacam CBF
O chororô continuou ao falar sobre a CBF. Para os alvinegros, a entidade está ‘mexendo os pauzinhos’, ao lado da Globo. Assim, as duas instituições são os grandes comandantes do futebol nacional na visão da dupla, que iniciou uma teoria da conspiração absurda.
“A CBF já começou a mexer os pauzinhos. As forças que comandam o futebol são a CBF, que é mais ligada aos clubes paulistas mas também gosta do Flamengo, e a Globo. A Globo representa a grande mídia. Os outros canais têm influência da Globo ou da CBF. Aquele Sergio falou que com o Tite o Flamengo vai brigar por título. Um absurdo. Colocou o Flamengo em terceiro, mas está em quinto. Corrigiram ele, ficou ‘chateadinho’, disse que a diferença é no saldo de gols. Não, o Flamengo está em quinto e vai ficar em quinto. Não vai passar muito disso, não”, diz o enraivecido Sergio Mello.
Sergio cita ainda matéria do GE analisando o que Tite poderia fazer pelo Flamengo ainda em 2023 e diz que são ‘pensamentos loucos’ para favorecer o Rubro-Negro.
“Você já vê a movimentação da mídia, em querer desestabilizar o Botafogo e a sua torcida. Você vê, saiu no GE, que a última vez que o Tite conseguiu um aproveitamento de 88%. Daria 11 vitórias, seria o suficiente para o Flamengo ser campeão. Um cálculo, um pensamento maluco, uns pensamentos loucos para tentar fazer o Flamengo disputar. É a mídia de um lado e a CBF abrindo exceção do outro”, conclui.
Chororô foi gerado por jogo do Flamengo em Brasília
Toda essa histeria começou porque Rodolfo Landim confirmou jogo contra o Santos em Brasília, já que o Flamengo estará sem o Maracanã. Dessa forma, o Botafogo tentou jogar fora do estado por conta de um show do RBD no Engenhão e obteve uma negativa. Por isso, os alvinegros viram um plano maléfico na simples troca do estádio, que mal beneficia o Mengo, já que terá que viajar e jogar distante do Rio de Janeiro.
“Se o Botafogo não pode mandar a partida para outro estado porque a CBF não permite, por qual motivo o Flamengo pode?”; disse Sergio, antes de Lucas complementar:
“O Botafogo tem que ir na CBF perguntar. Isso não existe. Flamengo que se vire. Não tem estádio, problema deles. Tem o Moça Bonita, leva os tijolos deles. Tem o Raulino, tem Edson Passos. Se a CBF abrir isso pro Flamengo, vai ficar muito nítido que eles favorecem o Flamengo”.
Lucas se mostrou até emburrado por conta do faturamento do Flamengo.
“Não tem estádio problema dele, se vira. Um time que gosta de vir na mídia falar que faturou tantos milhões. Não construiu um estádio ainda? Cheio de espaço no Rio de Janeiro? Joga na Gávea lá, tô nem aí”, diz de forma rancorosa.
Por fim, Sergio ironiza o fato de o Flamengo não possuir estádio próprio e mostrou guardar bastante raiva do Flamengo ao se referir ao estádio na sede do clube, na Gávea, com um palavrão.
“É, pô. Joga lá nas Laranjeiras, que é melhor que aquela m*** lá da Gávea. Tem o Artsul. Até a Cabofriense tem estádio. Não falta estádio, não. Só quem não tem é o Flamengo. Aí pede para a mamãe CBF? Isso é um absurdo, está errado”, diz, encerrando o pensamento conspiratório.
Nem Landim quer ver Flamengo jogar longe do Rio de Janeiro
Enquanto os rivais enxergam como algo benéfico jogar longe do estado, o Flamengo não gosta nem um pouco da ideia. Depois de conseguir transferir a partida contra o Santos para Brasília, o clube não queria ter que fazer o mesmo com o jogo contra o Red Bull Bragantino.
Rodolfo Landim disse ao GE que ‘não abre mão’ de jogar no estádio uma semana antes da final da Libertadores. No entanto, a Conmebol não concorda e quer assumir o controle do estádio 13 dias antes da decisão.
Landim argumenta que teria que jogar três partidas fora de casa em sequência, contando com o jogo contra o Santos, que tem o mando mas é em Brasília, e com a partida contra o Grêmio no Rio Grande do Sul. Assim, se levasse mais uma partida para longe do Rio de Janeiro, o desgaste seria ainda maior. Assim, fica claro que o Rubro-Negro só tem a perder ao jogar longe. O próprio Landim colocou a partida em Brasília vista como fora de casa sob o olhar do clube.
“Recebi mensagem do Julio Avellar (Diretor de Competições da CBF). Disse que não poderia fazer o jogo do Bragantino antes, pois assim eles iriam jogar três vezes consecutivas fora de casa (contra Flamengo, Athletico e Santos). Eu já tinha aceitado, mesmo com a condição que a gente (Flamengo) estava, ainda trocando de técnico. Mas, então, quem não pode jogar três vezes fora de casa sou eu, porque tenho Bragantino, Grêmio (fora) e Santos, que já aceitei jogar em Brasília”, conclui Landim.
Portanto, Landim se refere ao jogo em Brasília como algo que o clube teve que ‘aceitar’, e não como algo benéfico.