Em um movimento com potencial para abalar o futebol brasileiro, o Flamengo e outros clubes correm riscos de serem proibidos de participar da Libertadores e da Sul-Americana do próximo ano. A possível suspensão surge de um escândalo na CBF, onde Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira buscam anular a eleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da entidade. A Justiça do Rio de Janeiro tomará a decisão na próxima semana.
A Fifa, que anteriormente baniu Del Nero do futebol devido ao seu envolvimento em um escândalo de corrupção, mantém relação próxima com Rodrigues e pode suspender a CBF se Del Nero e Teixeira forem bem-sucedidos em seus esforços.
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Em caso de vitória da dupla, o futuro do Flamengo, assim como o de outros clubes brasileiros, poderá ser afetado. Isso porque, quando uma confederação é suspensa, todos os clubes associados a ela ficam impedidos de participar de competições ligadas à Fifa.
Recentemente, o Rubro-Negro garantiu uma vaga na pré-Libertadores e agora busca terminar o Brasileirão entre os quatro primeiros colocados para assegurar classificação direta para o torneio. No entanto, a suspensão da CBF pela Fifa resultaria na proibição do Maior do Rio de jogar a competição. Outros clubes brasileiros classificados para a Libertadores e Sul-americana também seriam impedidos de disputar os campeonatos.
Além disso, o processo chegaria a afetar até o Fluminense. O rival das Laranjeiras está prestes a disputar seu primeiro Mundial de Clubes, mais um torneio que a Fifa detém os direitos.
Processo já envolveu o presidente do Flamengo Rodolfo Landim
Em 2021, devido a este processo, a Justiça anulou a eleição de Rogério Caboclo e determinou uma intervenção na CBF. Dessa forma, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, foram nomeados como interventores. No entanto, a decisão foi cassada posteriormente.
Em seguida, a CBF e o Ministério Público chegaram a um acordo extrajudicial e assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Como resultado, o estatuto foi modificado, dando peso de voto equivalente aos times das séries A e B.
Depois disso, uma nova eleição foi marcada e, em 2022, Ednaldo Rodrigues, que já vinha desempenhando a função de presidente interino, foi formalmente eleito. Com isso, a Justiça extinguiu o processo na 1ª instância.