Bolas longas e transição rápida: analista aponta valências do Inter

A estreia do Flamengo no Brasileirão se aproxima, e o Mengão tem o Internacional como primeiro adversário na caminhada pelo eneacampeonato.
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O jogo é de suma importância, já que o clube definiu como prioridade a disputa da competição. A partida acontece no sábado (29), às 21h (horário de Brasília).

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Para a partida, o Inter de Roger Machado tem a provável escalação: Rochet; Bernabei, Victor Gabriel, Vitão, Aguirre; Fernando, Bruno Henrique, Carbonero, Vitinho; Alan Patrick, Enner Valência.
Antes de receber o adversário no Maracanã, o analista tático Victor Nicolau, do canal Falso 9, analisou o estilo de jogo do time adversário.
Inter tem jogo direto e de bola longa
A principal característica ofensiva do Internacional é de um jogo mais direto. Isso porque o time não busca um primor na saída de bola e prioriza a ligação direta. Principalmente com Valência como homem de referência.
"Usa bastante bola longa, usando a referência de Valência. Existem dinâmicas de casquinha, especialmente com Vitinho e Carbonero", inicia o analista.
Mesmo assim, o time também tem momentos saindo jogando, apesar de não priorizar essa ideia, como faz o Flamengo, por exemplo.
"A saída de bola fica um pouco assimétrica. O Bernabei participa menos, até pela característica do Victor Gabriel de ser um canhoto que era lateral. Não dá para dizer que é uma saída de bola. É um futebol bastante direto, sem se preocupar com posse de bola. Usa muito essa bola longa na referência. Também usa o Carbonero", comenta.
Jogadas são diferentes pelos lados direito e esquerdo
O analista aponta ainda que as jogadas não são nada parecidas, e o Internacional varia de um lado para o outro. Quando ataca pela esquerda, as características são diferentes
"Quando o time começa a jogada pelo lado esquerdo, o Bernabei é um pouco mais avançado. O Alan Patrick e o Carbonero podem ocupar mais o corredor central. Esse lado esquerdo tem as seguintes especifidades: um atacante que se torna um meia, sempre. Ele tem um ponta destro, que fecha do lado esquerdo para dentro. Tem um lateral que dá muita profundidade, que é o Bernabei", explica.
Os atacantes também se movimentam bastante e apenas Enner Valência fica centralizado, apesar do time contar, sempre, com dois atacantes, com os demais jogadores se revezando como segundo jogador de frente.
"Time sempre preenche a área com uma dupla de ataque. Não necessariamente o Alan Patrick com o Valência, eles se movimentam muito, pode entrar o Bruno Henrique, o Vitinho", diz.
Pelo lado direito, mudando a dinâmica, os nomes que participam são outros, e as características, também.
"Pelo lado direito, a dinâmica é diferente. Bruno Henrique participa mais no apoio, Alan Patrick joga mais pela esquerda Essa dinâmica tem um ponta de pé aberto, ou seja, um destro pela direito. No caso, o Vitinho. Um lateral construtor, o Aguirre sobe muito mais por dentro, até pela característica natural do pé dominante do ponto. O Bruno Henrique ajuda na construção e tem o uso de um pivô mais determinante, o Valência. São dinâmicas diferentes entre os lados", mostra.
A transição rápida, usando a bola longa como arma, também são destaques do estilo do Inter no ataque.
"É um time que quando intercepta, e joga muito para isso, tem uma transição rápida, especialmente pelo lado direito, que é extremamente perigoso", continua.
O Internacional na defesa
Defensivamente, o analista explica que o Internacional marca por zona. Diferente do Flamengo, o time não faz pressão, mas busca proteger espaços específicos do campo. No cobertor curto, a equipe de Roger Machado cede a lateral propositalmente.
"Esses caras mais abertos, é uma mentalidade zonal. Não estão ali para pressionar, mas proteger a zona e o corredor central. Então vemos eles concedendo os passes em profundidade e evitando os passes por dentro. Jogam compacto nesse bloco. Colocam volantes entre as linhas para evitar o espaçamento. Mas é um time que joga comprimido lateralmente com o objetivo de fazer o adversário cruzar bolas", afirma.
Por fim, como se trata de um time que não pressiona, o Flamengo pode ter dificuldades de encontrar espaços nas costas, como tem feito ao atrair os adversários com sua saída de bola paciente.
"O Inter não cai em gatilho de pressão. O jogador indica que fará o passe para o lado, mas o Vitinho fica na zona porque tem que proteger o passe nas costas dele. O Inter não cai na armadilha de subir o bloco com a troca de passes do adversário na saída de bola", finaliza. Veja a análise completa abaixo.