Bandeira, Márcio Braga e outros sócios do Flamengo pedem inquérito contra Landim por multas milionárias
O presidente Rodolfo Landim pode ser investigado por suposta infração contra os cofres do Flamengo. Em documento assinado por Bandeira de Mello, Márcio Braga e outros sócios do Mais Querido, grupo pede ao Conselho Deliberativo que seja instaurada uma comissão provisória de inquérito.
O Documento enviado ao CoDe cita que o presidente demitiu seis treinadores desde que assumiu e arcou com multas rescisórias “pesadas”. De acordo com o estatuto do Flamengo, todas as demissões do clube são de responsabilidade exclusiva do presidente e o documento pede que Rodolfo Landim arque pelos gastos exagerados do clube.
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“Ao se comportar de forma desidiosa em relação a esses pagamentos elevados e nada fazer para modificar essa rotina – ou seja, sendo mais assertivo em suas escolhas e sobretudo, diante de seu histórico, sendo mais criterioso na hora de negociar cláusulas de rompimento – o Sr. Presidente, ao fazer do Flamengo uma máquina de enriquecer treinadores com multas resilitórias, pratica evidente infração estatutária”, diz trecho do documento.
O documento conta com a assinatura dos ex-presidentes Eduardo Bandeira de Mello e Márcio Braga, que se reuniram recentemente para formação de chapa de oposição. Também assinaram Walter Monteiro e Ricarco Hinrichsen, candidatos à presidência nas últimas eleições, e Ricardo Lomba, que concorreu em 2018. No total, 23 sócios rubro-negros assinaram o documento;
Desde que Landim assumiu o cargo de presidente, o Flamengo já R$ 46,6 milhões em multas de treinadores. O último a deixar o clube, Jorge Sampaoli, recebeu R$ 9,5 milhões à vista. Veja lista:
- Domènec Torrent: R$ 11,4 milhões;
- Rogério Ceni: R$ 3 milhões;
- Paulo Sousa: R$ 7,7 milhões;
- Vítor Pereira: R$ 15 milhões;
- Jorge Sampaoli: R$ 9,5 milhões
Membro do Conselho de Futebol do Flamengo minimizou gasto com multas
Membro do Conselho de Futebol, Diogo Lemos defendeu a gestão de Rodolfo Landim em suas redes sociais e minimizou o gasto com multas de treinadores. A fala do dirigente é citada no documento como prova da pouca importância que a gestão do atual presidente dá ao gasto.
“Sobre multas, são um mecanismo de proteção contratual para ambas as partes. Quando se rompe um contrato, há multa. As multas contratuais que pagamos não representam 1% de todas a receita direta (títulos, venda e empréstimo de atletas) que o futebol trouxe para o clube. E sequer representam 0,5% de toda a receita do clube nesses 4 anos. Como falei, tão importante quanto acertar, é não ter compromisso com erro e corrigi”, publicou Diogo Lemos.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.