Bahia presta queixa por racismo contra atacante Kayky; clube contestou denúncia de Gerson em 2020
Nesta terça-feira (31), o Bahia prestou queixa contra o torcedor que cometeu racismo contra o atacante Kayky. O caso aconteceu após o Bahia x Vitória do domingo (29), pelo Campeonato Estadual, vencido pelo Bahia por 1 a 0 com gol de Kayky. Nas redes sociais, um torcedor do Vitória fez uma comparação do atacante do clube com um macaco.
Na postagem, o torcedor publicou uma foto da comemoração do atacante, que imitou uma galinha após marca o gol da vitória no clássico. Logo abaixo, ele acrescentou a uma imagem de um macaco, fazendo uma comparação racista entre as duas fotos.
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A comemoração de Kayky fez alusão ao Ba-Vi de 2018, que terminou após uma confusão generalizada. A partida foi encerrada com um triunfo tricolor por W.O., e, desde então, a galinha tem sido usada em provocações da torcida do Bahia.
Em nota, o clube confirmou que denunciou o torcedor junto à Polícia Civil. “Racismo e injúria racial são crimes imprescritíveis e inafiançáveis. Fizemos a denúncia junto ao Twitter e a mensagem de ódio de um torcedor adversário foi apagada – mas o print é eterno. Conta igualmente denunciada e boletim de ocorrência realizado junto à Polícia Civil da Bahia”, disse a publicação do Bahia.
Em 2020, Bahia contestou denúncia de racismo feita por Gerson
No dia 20 de dezembro de 2020, o Flamengo venceu o Bahia por 4 a 3 pelo Campeonato Brasileiro. Logo depois do jogo, o volante Gerson deu entrevista para imprensa e denunciou uma fala racista do meio-campista colombiano Índio Ramirez.
“Quero falar uma coisa: tenho muitos jogos como profissional e nunca vim falar nada porque nunca sofri esse preconceito. Quando tomamos um gol, o Bruno Henrique ia chutar uma bola, o Ramirez reclamou e fui falar com ele, que disse: “Cala a boca, negro””, disse Gerson após a partida.
Em um primeiro momento, o Bahia divulgou nota informando que Ramirez seria afastado do elenco profissional até a conclusão das investigações. Contudo, no dia 24 de dezembro, três dias após informar que afastaria o jogador, o Bahia comunicou que Ramirez seria reintegrado.
A justificativa do time é que os laudos contratados não conseguiram identificar as falas racistas. Por outro lado, o Flamengo afirmou que especialistas em leitura labial identificaram uma injúria racial do colombiano Ramírez. No fim, Ministério Público e STJD arquivaram o caso.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.