Tô no saguão do hotel, de bobeira e aparece o Pet pra sentar no sofá e ler jornal. Sim, Petković, Dejan, o próprio.
Por Hermínio Correa
Então… Aos 40 anos já me convenci, há muito tempo, de que não jogo porra nenhuma de futebol. Mas havia um tempo lá pelos anos 90 que eu me esforçava para tal (ou me enganavam para tal). Pois bem…
Estava ainda no Futsal e treinava na AGAP (Associação de Garantia ao Atleta Profissional) em Belo Horizonte. Era pivô, treinado pelo irmão do Moacir (um volante que jogou no Atlético, Corinthians, Atlético de Madrid, Flamengo etc), mas que se dane, não é isso que importa na história.
Por conta da Associação, era muito comum atletas e ex-atletas prestigiarem os campeonatos e certa vez foi lá o tal grande ídolo de uma das grandes torcidas mineiras ver uma das finais de campeonato.
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Aquela confusão do caramba, gente se matando por foto e autógrafo e eu na minha, cansado depois do jogo, querendo minha medalha pra seguir o rumo de casa. Mas sei lá porque o tal ídolo me vê e solta algo tipo:
– Ô mininu, cê qué um autrógofo?!
– Ué, pode ser…
– Qual seu nome?
– Hermínio.
– Tá e sua mãe como que chama?
– Eunice.
O autógrafo saiu “Para Eunice um abraço do “fulano de tal”.
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O ano é 2010.
Eu estava em São Paulo, dia 05 de Maio. Hotel de concentração do Flamengo, dia de Jogo de volta pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O Corinthians favoritaço classificado com a melhor campanha da fase de grupos e o Flamengo tendo entrado na rabuda, pior campanha dentre os 16. Mas também pouco importa que tenhamos nos classificado aquele dia (esse dia foi loko). Não é esse o tema, de novo…
Tô no saguão do hotel, de bobeira e aparece o Pet pra sentar no sofá e ler jornal. Sim, Petković, Dejan, o próprio.
Não tinha quase ninguém mesmo… lá fui eu:
– Pet, com licença, um autógrafo por favor.
– Clarrrrrrrrrrrrro (sérvio né). Qual seu nome?
– Hermínio.
– Quê?
– É Hermínio, Pet.
– Ahn Ok.
Sem entender meu nome, o autógrafo saiu apenas, “Petkovic”. Seco e direto.
Chupa mãe! Nessa você perdeu…