Autista emociona Arrascaeta: 'Flamengo é a minha vida. E para você?'
Na última quinta (12), o Flamengo publicou na FLA TV a “Coletivinha com Arrascaeta”, na qual torcedores mirins fizeram perguntas ao craque. Um dos torcedores era Pedro, o Pepê, autista e membro da torcida “Autistas Rubro-Negros”. O pequeno flamenguista emocionou o uruguaio com sua pergunta e entregou uma faixa da torcida para o meia do Mengão.
“Arrascaeta, sou mais conhecido como Pepê. Eu sou autista e faço parte da torcida dos Autistas Rubro-Negros. Quero te dar de presente essa faixinha dos Autistas Rubro-Negros. O Flamengo é tudo na minha vida, e para você?”, perguntou assim o torcedor no programa da FLA TV.
Leia mais: Lei obriga Maracanã a criar espaço fixo para autistas
Então, o craque respondeu Pepê: “Eu acho assim, meu amigo, que tanto para vocês, torcedores do Flamengo. Quando entra, assina contrato num clube, esse clube passa a fazer parte da nossa família. A gente praticamente vive para o clube, porque tem que ter uma alimentação especial, a gente tem que se cuidar, tem que ter muito companheirismo com todo pessoal que está aqui no dia a dia do clube. Tanto funcionários, fisioterapeutas, doutores. Então a gente está numa família e a gente tem que respeitar o clube e respeitar a forma que é um sentimento muito grande. Temos que deixar a vida em cada jogo”.
Torcida Autistas Rubro-Negros combina paixão pelo clube e visibilidade
A torcida Autistas Rubro-Negros existe há pouco mais de um ano, fundada em outubro do ano passado, visando não só a representatividade, mas também a visibilidade pela causa. Mesmo assim, os torcedores do movimento só estrearam a faixa em junho deste ano. No Twitter oficial da torcida, outros flamenguistas compartilharam suas histórias envolvendo o Flamengo e a condição:
Na final da Copa do Brasil, representantes da Autistas Rubro-Negros e da Sou Tricolor Autista se reuniram antes da partida de ida, no Morumbi. Portanto, Rosângela Barbosa, torcedora do São Paulo, e Marcos Felipe Leal, torcedor do Flamengo, se encontraram, na ideia de promover paz nos estádios e inclusão para pessoas com deficiência em jogos de futebol. Tanto Marcos como Rosângela fundaram as torcidas por causa de seus filhos, portadores do TEA.
Sou de Teófilo Otoni-MG, mas moro e estudo jornalismo em Belo Horizonte, na PUC Minas. Apaixonado pelo Flamengo, videogames, Samba, MPB e sou ex-tenista.