Atuações: milagres de Paulo Victor e aula de Juan não evitam mais uma derrota
Pela semifinal na Copa da Primeira Liga, o Fla levou a campo um time misto e pagou caro com a eliminação diante de mais um show da torcida off-Rio. Paulo Victor e Juan foram os únicos destaques positivos de Flamengo 0x1 Atlético-PR.
Paulo Victor: Fez no mínimo 5 defesas difíceis e evitou o pior. Ainda joga muito mal com os pés e peca na reposição de bola. Às vezes por demorar, em outras por simplesmente só chutar pra cima. Mas debaixo da trave foi muito bem e foi um dos poucos a se salvar de mais um vexame. NOTA 6,5
Pará: Ofensivamente, pouco agrega ao time. Seu bom posicionamento defensivo talvez seja sua maior virtude. No 1° tempo, o time paranaense não assustou pelo seu lado. Depois do gol, obviamente, com o time lançado à frente, os espaços apareceram. NOTA 5,5
Wallace: Uma vergonha o camisa 13 ser o capitão deste time. Os seus comandados o seguem na mediocridade e o resultado é este, eliminação e vexames em sequência. Analisando-o tecnicamente e taticamente, podemos usar a mesma expressão que abriu este comentário. No manual de zagueiros que capitão rubro-negro leu, a prioridade é pedir impedimento nas jogadas ao invés de disputa-las. NOTA 3
Juan: Pode estar virando clichê, mas a frase a ser dita sobre o veterano zagueiro não pode ser outra: segue IMPECÁVEL. O verdadeiro capitão do Flamengo segue dando uma aula de futebol. As coberturas e carrinhos precisos, os botes limpos, as inversões de jogo e cabeçadas perigosas no ataque. O cartel é vasto e variado. O camisa 4 raramente falha e depois de tanta desconfiança, vai mostrando ser o melhor jogador do Flamengo na temporada. NOTA 7,5
Jorge: Enquanto Juan com 37 anos vai dando uma aula de futebol intenso, ao seu lado, na lateral-esquerda, encontra-se um jovem de 19 anos jogando numa voltagem de no máximo 40 volts. Incrível a falta de vontade em jogar futebol num garoto profissional e titular do Flamengo. Não fez nada diferente do que já mostrara nos últimos jogos. Bolas perdidas, dribles errados, poucos desarmes e, principalmente, pouca (ou quase nenhuma) jogada de linha de fundo. NOTA 4,5
Márcio Araújo: Me desculpem, mas eu me recuso a analisar o futebol de um jogador que comemora eliminação.
Willian Arão: Erra e acerta dentro da partida com muita constância. Depois de um começo de temporada espetacular, caiu muito de produção e pouco tem feito em campo. Suas infiltrações pela direita continuam, mas ainda é pouco. NOTA 5,5
Alan Patrick: Fez um bom primeiro tempo, com boa movimentação e até constante ajuda na marcação. Achou uma linda enfiada pra Sheik na segunda etapa e parou por aí. NOTA 6
Gabriel: Foi o autor das melhores jogadas do time nos primeiros 45 minutos. Muito intenso, o camisa 17 buscava o jogo a todo momento, tanto pela direita como pela esquerda. Pecou na hora do passe final ou no drible a mais. NOTA 6
Everton: Também foi muito ativo no primeiro tempo e fez a defesa atleticana trabalhar bastante. Quase abriu o placar numa forte cabeçada. O goleiro adversário operou um mini milagre. NOTA 5,5
Felipe Vizeu: Péssima noite para o garoto. Passou a maior parte do jogo tentando brigar por espaço com os zagueiros. A bola pouco chegou. NOTA 5
Sheik: Entrou na etapa final pra fazer o que faz de melhor: atrapalhar o time. Errou passes fáceis, perdeu a bola inúmeras vezes, não ajudou em nada na defesa e tudo isso que todos já sabemos. NOTA 3
Cirino: Numa das poucas vezes que teve espaço pra usar sua velocidade, o camisa 7 quase empatou o jogo. Ele ganhou na corrida do lateral-esquerdo paranaense, invadiu a área, driblou mais um zagueiro e na hora de tirar o 10, mandou por cima. Depois as portas se fecharam lá pela direita e ele não produziu mais nada. NOTA 5,5
Ederson: Não produziu muito. Tanto na bola parada, como com ela rodando, o camisa 10 pouco fez em campo. Em uma cabeçada à queima-roupa, ele quase empatou o jogo. NOTA 5,5