Gabigol, Bruno Henrique e mais: os atletas que já trabalharam e cresceram com Dorival Júnior
A demissão de Paulo Sousa foi sacramentada logo após a derrota de quarta-feira (8) para o Bragantino. Mas a negociação com Dorival Júnior já acontecia há pelo menos três dias. É o que garante Lauro Jardim em seu blog, em O Globo. Segundo o colunista, o então técnico do Ceará recebeu telefonemas de alguns jogadores do Flamengo, que tentavam convencê-lo a topar a empreitada. Entre os atletas do outro lado da linha, estavam Gabigol e Bruno Henrique. Dois entusiastas declarados de Dorival.
Foi Dorival quem deu chance e confiança a Gabriel Barbosa na Vila Belmiro, onde se criou. O jogador era reserva do Peixe até o técnico lhe dar uma oportunidade como titular, em 2015. Sob a batuta do técnico nascido em Araraquara, Gabi fez 39 jogos, indo às redes em 19 oportunidades, e dando assistência em outras cinco.
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Bruno Henrique é outro que não vê a hora de reencontrar e seguir mais uma vez os comandos do novo antigo treinador. O atacante camisa 27 do Mengão foi contratado pelo Santos no começo de 2017, a pedido de Dorival. Na época, o jogador estava no Wolfsburg, da Alemanha, e foi repatriado por R$ 14 milhões. Revelado no Cruzeiro, BH já chamava a atenção do técnico em 2015, quando ainda era destaque do Goiás. Com Dorival, Bruno Henrique atuou em 18 jogos, marcando seis gols e dando o passe final para outros dois.
Dorival já comandou outros atletas do Fla
A lista de atletas que terão seus coletes de treino distribuídos novamente por Dorival não para por aí. William Arão, Diego Ribas, Everton Ribeiro, Vitinho e Diego Alves estavam no elenco Rubro-Negro em 2018, quando o treinador paulista, hoje com 60 anos, fez sua segunda passagem pela Gávea. O experiente goleiro chegou a se desentender com Dorival naquela época.
Apesar da polêmica estampar os portais e os jornais, Dorival garantiu não ter acontecido nenhuma discussão nos bastidores e afastou manter qualquer mágoa com Diego.
“Não teve discussão durante o treino. Eu chamei o Diego Alves e falei que ele não ia jogar. Ele estava voltando de lesão, acho que tinha ficado quatro ou cinco jogos fora da equipe. E o Diego ficou em tratamento. Ele voltou e só fez aquele treinamento na sexta e no dia seguinte a gente viajaria para Curitiba para jogar. Como o time estava indo bem, tinha tido uma reação muito boa, acho que quatro vitórias em sequência e o César ainda não tinha tomado gols, achei que fosse um risco desnecessário. O Diego entendeu de outra forma. Basicamente foi isso. Mas eu respeito muito o Diego, é um dos grandes goleiros do futebol brasileiro. Não tem nada de mais nessa situação”, disse recentemente ao “Flow Sport Club”.
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Desde o Figueirense, seu primeiro clube como treinador, Dorival é conhecido por revelar jogadores e ser adepto da filosofia de abrir espaço a jovens. Alguns jogadores que vestiram a Amareilha tiveram a primeira oportunidade com ele ou passaram por suas mãos ainda no começo de carreira. É o caso de Philippe Coutinho, do volante Allan, e do lateral-esquerdo Filipe Luis, que mudou de posição por sugestão do treinador. Saindo do meio de campo para a lateral.
Revelado pelo Figueirense em 2003, Filipe Luís ganhou mais oportunidades no ano seguinte, depois que Triguinho, titular da posição, foi vendido ao São Caetano. Da base, despontou outro atleta que jogava pelo lado esquerdo, André Santos, que jogou no Corinthians e chegou à seleção brasileira. Com ambos, Dorival promovia trocas no setor, aproveitando uma das características que Filipe, na sua visão, tinha de melhor: a construção do jogo por dentro.
Completam a lista outros dois zagueiros. Rodrigo Caio, com quem trabalhou no São Paulo, e Gustavo Henrique, seu atleta no Santos.