Assembleia do RJ aprova lei que manda parar jogos em caso de racismo

Nesta terça-feira (6), deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovaram o projeto de lei 1.112/23, chamado de ‘Lei Vini Jr’. A proposta prevê que partidas esportivas serão paralisadas em caso de manifestações de racismo.
O projeto é de autoria do deputado Professor Josemar (Psol) e foi aprovado por unanimidade. Além da paralisação dos jogos, o projeto de lei cria protocolo para ajudar na condução de denúncias de atos racistas junto ao Ministério Público.
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“Temos de uma vez por todas que extirpar este câncer que é o racismo, especialmente no meio esportivo. Essa lei vai no sentido de combater o racismo e criarmos uma sociedade igualitária. A Alerj é a primeira casa legislativa que aprova um PL com este teor no país”, disse o deputado Prof. Josemar.
Aliás, o PL está sendo chamado de “Lei Vini Jr” em função dos últimos casos de racismo que o atleta revelado pelo Flamengo sofreu. Vinícius é constantemente vítima de racistas no futebol espanhol e os criminosos não recebem qualquer punição.
Assim, a Assembleia também aprovou concessão da Medalha Tiradentes para o atleta. Maior honraria da Alerj, a proposta é da deputada Verônica Lima (PT).
Além da luta direta contra o racismo no futebol, a proposta também destaca o papel social do atleta, fundador e presidente do Instituto Vini Jr, que oferece programas de educação para crianças de 6 a 10 anos.
STJD decide não punir Athletico por racismo contra o Flamengo
Enquanto a Alerj aprova lei contra o racismo no futebol, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu o Athletico-PR por caso de racismo contra torcedores do Flamengo em jogo do Brasileirão. Apenas um auditor relator da 3ª Comissão disciplinar do STJD foi contra a absolvição.
No dia 7 de maio, Flamengo e Athletico-PR se enfrentaram pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Durante o jogo, um torcedor do clube paranaense fez gestos racistas, alusivos a um macaco, em direção aos torcedores do Mais Querido.
No entanto, apesar das promessas da CBF de enrijecer o combate aos casos de racismo, nada acontecerá ao clube paranaense. Aliás, após anunciar a campanha “Com racismo não tem jogo”, o presidente da entidade foi firme em sua declaração.
“Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo, não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios, basta de preconceito”, disse Ednaldo Rodrigues.