Wesley safadão de novo e Arrascaeta destruidor; notas Atlético 1x2 Flamengo
Difícil fazer uma análise do jogo entre Flamengo e Atlético Mineiro, válido pela 17ª rodada do Brasileiro, sem estruturá-la pelos alicerces rachados da arbitragem. Flavio Rodrigues de Sousa foi construindo um cenário caótico ao longo do 90 minutos. Mas, apesar dos auspícios tortuosos do juiz da partida e seu grupelho no VAR, a Nação sorriu orgulhosa no fim.
O Atlético abriu o placar com um gol irregular de Paulinho ainda no primeiro tempo. O Flamengo empatou com um golaço de falta de Arrascaeta. E virou em bela trama que resultou em uma linda cavadinha de Wesley. O Mais Querido voltou a vencer os alvinegros em Minas após cinco anos e dorme na vice-liderança da tabela e a nove pontos do Botafogo, que joga neste domingo contra o Coritiba.
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Ao fim e ao cabo, restou à torcida atleticana entoar seus cantos racistas e homofóbicos. Assim como em outros jogos históricos entre os dois clubes, a violência bestial dos atleticanos em campo não foi superior ao time que sempre opta por vencer através da técnica e da raça mulamba.
Vale nota as vaias constantes das arquibancada atleticanas ao meia Allan. E também pontuar novamente o desrespeito da PM-MG aos torcedores do Flamengo que quiseram assistir a partida. Numa tática odienta e perversa, atrasaram a escolta para o estádio. São incidências extracampo que só mostram a pequeneza dos clubes que nos recebem.
Agora, olhando para o nosso umbigo, o absurdo fato do preparador físico que socou Pedro abriu um portal de crise em noite que deveria ser apenas de comemoração. O MRN vem fazendo toda a cobertura do caso.
Como já é de costume, o MRN convocou sua comunidade para analisar as atuações dos jogadores e do técnico Jorge Sampaoli em mais uma partida do Flamengo.
Escalações de Flamengo e Atlético-MG
FLAMENGO: Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira (Pablo) e Filipe Luís (Thiago Maia); Allan, Victor Hugo (Luiz Araújo), Gerson e Everton Ribeiro (C) (Arrascaeta); Bruno Henrique (Everton Cebolinha) e Gabigol.
Técnico: Jorge Sampaoli
Atlético-MG: Éverson; Renzo Saravia (Mariano), Jemerson, Igor Rabello (C) e Guilherme Arana; Rodrigo Battaglia (Alan Franco), Otávio (Alan Kardec); Paulinho, Matías Zaracho e Cristian Pavón (Alisson); Hulk.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Notas de Atlético-MG 1×2 Flamengo – 17ª rodada do Campeonato Brasileiro
Matheus Cunha
O único problema foi a incerteza nas bolas cruzadas na pequena área. Fez defesas importantes ao longo do jogo. Não parece ter falhado no gol atleticano. Nota: 7,5.
Wesley
No primeiro tempo teve muita dificuldade para atacar. No segundo tempo, como vem acontecendo, foi cada vez mais ficando espetado. Com a entrada de Luiz Araújo praticamente virou um segundo atacante. A confiança para se apresentar sempre e a cavada no gol da virada o coloca, pra mim, ao lado de Arrascaeta, como destaque rubro-negro da partida. Lá trás, teve trabalho diversas vezes com Arana, Pavón e Paulinho. Nota: 8,0.
Fabrício Bruno
Impressionante a força física e o nível técnico que vem mantendo na temporada. Seja ela na imposição física ou na velocidade, segue em vantagem contra os atacantes adversários. Hoje tirou o Hulk da zona de conforto e o deixando apenas com a opção dos remates de longa distância que deve estar em seu bolso até agora. Como ele mesmo diz: “Não tem nenhum atacante mais rápido que ele no campeonato.” Nota: 9,0.
Léo Pereira
Hoje teve muita dificuldade na marcação, ainda mais tendo que cobrir as costas do Filipe Luís que não jogou tão bem assim e deixou muito espaço no corredor defensivo. Nota: 5,0
↪️Pablo: Entrou muito bem hoje, mostrou muita força física nas disputas aéreas e terrestres. Ganhou todos os duelos. Saiu com a cabeça doendo de tanto cortar os chuveirinhos do adversário. Nota: 7,0.
Filipe Luís
Tomou algumas bolas nas costas por conta de faltas de ataque que não eram marcadas, como a do gol. Com o arrefecimento do adversário no segundo tempo, começou a ajudar mais na construção e foi mais o jogador que desfilou bom futebol com o Grêmio. Nota: 6,5.
Allan
Errou passes diversas vezes e não foi bem na proteção da área. Sentiu a pressão da torcida do Atlético. É preciso observar, pois um jogador do Flamengo não pode sentir a pressão de jogos grandes, pois essa é a rotina do time. Nota: 5,0.
Victor Hugo
Mais uma vez jogou bem se impôs pelo seu setor e mostrou que rende mais assim mais adiantado seu erro foi que muitas vezes segurou demais a bola quando poderia buscar o passe mais rápido assim como fez no passe que deixou BH na cara do gol. Nota: 6.0.
↪️ Luiz Araújo: Mesmo sendo pouquíssimo acionado pois o time insistia em afunilar pelo meio na maioria das vezes quando foi mostrou ser uma boa opção ofensiva com toques curtos e objetivos e tabelas rápidas, também foi importante na marcação. Nota: 4,0.
Everton Ribeiro
Foi uma partida de altos e baixos, mas sempre tentando jogadas importantes. Uma boa atuação tendo em vista a base média de performance do nosso histórico meia. Nota: 6,0.
↪️ Arrascaeta: Foi se encontrando aos poucos até fazer o que sabe de melhor: elevar o nível do Flamengo e destruir sonhos felizes de atleticanos emocionados. Não entrar como titular no violento primeiro tempo virou um acerto fundamental da CT de Sampaoli. Nota 9,0.
Gerson
Apareceu em alguns momentos durante o jogo, fazendo a transição do meio para o ataque, mas é muito pouco para alguém com um potencial tão grande. Mais uma partida burocrática de Gerson. O que garantiu a sua não substituição foi o nome, pois Victor Hugo entregava mais. Nota: 5,0.
Bruno Henrique
Aos 18 do 2⁰ tempo teve a sua maior chance, defendida pelo Everson. Mas no resto do jogo estava encaixotado, sem um corredor pra explorar. Sofreu uma falta claríssima, “ignorada” pelos tendenciosos árbitro e VAR. Nota: 5,0.
↪️ Everton Cebolinha: Simplesmente não consegue contribuir em nada quando entra. Nada do que tenta fazer dá certo. A sua entrada acaba sendo queimar uma substituição, pois não dá o resultado esperado pelo treinador.
Gabigol
Hoje quem esteve em campo foi Lil Gabi. Perdeu uma chance real no início do jogo, que poderia ter feito muita falta. No mais, lutou ,buscou jogo, tomou cartão, mas sem o brilho como a última partida. Nota: 4,5.
Jorge Sampaoli
Evidentemente o lance do gol irregular do rival bagunçou a sua ideia de jogo. Ao colocar Arrascaeta em campo, foi brindado com uma virada que parecia improvável. Se a entrada dos pontas (Luiz Araújo e Cebolinha) foi ineficaz , a entrada do Thiago Maia foi uma boa sacada. Vencer no hostil ambiente do rival mostra que o Flamengo pode ter fôlego pra buscar o Brasileiro. Nota: 6,5.