Arrascaeta faz apelo contrário ao que pensa diretoria do Flamengo

Arrascaeta utilizou suas redes sociais para fazer um apelo por mais atenção cuidado com a saúde mental no futebol. Craque do Flamengo, onde não há psicólogo para o trabalho com o elenco profissional, o meia afirmou que o tema deveria ser prioridade em todos os clubes do mundo.

A manifestação de Arrascaeta aconteceu pouco depois da confirmação do falecimento do atleta uruguaio Diego Galo, de 29 anos. O atleta dava sinais de estar passando por transtornos mentais e a notícia iniciou uma campanha pelo cuidado com a saúde mental no Uruguai.

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Os jogadores do Flamengo não possuem um profissional da área de psicologia para o trabalho no dia a dia do Ninho do Urubu. Os atletas que quiserem trabalhar com um psicólogo precisam contratar de forma particular. Fabrício Bruno, por exemplo, faz temporada de destaque e relaciona sua evolução ao trabalho na parte mental.

Em entrevista recente, Márcio Tannure, gerente de Saúde e Alto Rendimento do Rubro-Negro, afirmou que o clube encontrou dificuldades em experiências passadas e optou por não contratar mais psicólogos.

“Na prática, a gente já teve experiência e não é tão simples. Meu ponto: você tem que ter confiança de todos. Não é só capacidade técnica, mas expertise para lidar. Às vezes, o atleta não leva verdadeiramente ao profissional, com medo disso ser levado ao treinador etc. Os treinadores também têm dificuldade com isso, de às vezes não entender”, disse Tannure, em entrevista ao Lance.

Tannure destaca a importância de saúde mental no esporte

Apesar de detalhar as dificuldades que psicólogos tiveram no Flamengo, Márcio Tannure ressalta a importância de um atleta ter o cuidado com a saúde mental. Além disso, citou casos do MMA como exemplo, outro esporte no qual atua.

“Tem que existir uma relação médico-paciente, humana. Quando eu consigo melhorar esse atleta humanamente falando, isso por si só melhora a performance. Saúde é bem-estar físico e mental. Para o jogador estar saudável e ter o ápice da performance, tem que estar bem física e mentalmente. A saúde mental é realidade, mal da década ou do século, e não à toa, dentro das classes profissionais, os atletas têm os maiores índices de depressão, e as pessoas perguntam o porquê disso”.

“Eu acho que o mental é tudo, mas a experiência com diversos esportes têm entendimento de ferramentas… No MMA, é você e você mesmo. Se não estiver bem, já era. No coletivo, às vezes você não está bem, mas tem outro, e isso minimiza um pouco, porque você consegue distribuir fracasso ou glória”.