Árbitro relata em súmula pressão do Atlético-MG sobre a arbitragem no jogo contra o Santos
Na noite da última quarta-feira(13), o Atlético-MG venceu o Santos por 3 a 1 no Mineirão e segue como líder isolado no Campeonato Brasileiro. A vitória acabou cercada de polêmicas após o apito final, com o árbitro relatando em súmula a pressão feita por dirigentes e auxiliares do time da casa.
O árbitro Paulo Roberto Alves Junior escreveu no documento do jogo que, aos 41 minutos do 1º tempo, o diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, teria desferido “chutes e socos na porta da sala VAR” e usado as palavras: “Seus ladrões, parem de roubar, nós não vamos aceitar isto”.
O fato ocorreu após a não marcação de um pênalti em lance de Wagner Leonardo com o meia Zaracho. Faltas não marcadas também irritaram os membros da comissão técnica do Atlético.
Ao fim do primeiro tempo, membros da comissão técnica do Atlético aumentaram a pressão sobre a arbitragem. Foi relatado em súmula que Eudes Pedro, auxiliar de Cuca, gritou em direção a arbitragem: “Aqui ninguém vai nos roubar”. Os relatos podem render denúncias para Rodrigo Caetano e Eudes.
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O comentarista de deem da Globo, Paulo César de Oliveira disse que a pressão feita pelos integrantes do Atlético Mineiro no decorrer do primeiro tempo influenciou diretamente na decisão do árbitro para marcar o primeiro pênalti a favor do clube mineiro. Paulo César completou dizendo que não marcaria a penalidade.
– Eu acessei a súmula do jogo e os árbitros foram muito pressionados no intervalo. O diretor do Atlético Mineiro tentou entrar na cabine do VAR e foi impedido por seguranças. Isso é um fato muito grave que está relatado em súmula, o tribunal tem que tomar providências. Tenho quase que certeza que essa pressão influenciou nessa decisão (marcação do primeiro pênalti) – disse Paulo César.
Paulo César completou dizendo que o lance era de interpretação e que apesar de existir o contato de Lucas Braga em Calebe, ele não marcaria a penalidade.
– É um lance que divide opiniões, mas para mim não houve o pênalti. Tem o contato do Lucas Braga com o Calebe, mas para mim não é o impacto suficiente para marcação do pênalti. Eu acho que a arbitragem estava presa ainda no lance do primeiro tempo – completou Paulo.
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