Árbitra assistente brasileira fará parte de momento histórico na Copa do Mundo

29/11/2022, 17:43
Neuza Back em ação no futebol sul-americano.

A Copa do Mundo do Catar vai viver um momento que ficará para sempre na história dos Mundiais. Pela primeira vez desde 1930, um trio de arbitragem feminino vai comandar um jogo de Copa do Mundo. E uma brasileira fará parte desse trio, pois foi escalada pela FIFA.

Neuza Back, de Santa Catarina será a assistente um. A árbitra do jogo será a francesa Stéphanie Frappart. A mexicana Karen Medina completará o trio feminino que vai comandar o confronto entre Costa Rica e Alemanha, na próxima quinta-feira (1), no estádio Al Bayt.

Leia Mais: Cabe no Flamengo? Renovação de Dudu com o Palmeiras está emperrada

A FIFA anunciou a escala de arbitragem nesta terça-feira (29). O jogo é decisivo para as duas seleções, pois decida as vagas nas oitavas. A Alemanha precisa vencer para se garantir na segunda fase. Já a Costa Rica sonha com uma vitória, pois quer eliminar os alemães e marcar presença nas oitavas.

Com 38 anos, Stéphanie Frappart é arbitra FIFA desde 2009. Ela atua constantemente na primeira divisão francesa, mas também em competições de clubes na Europa. A francesa acumula marcas históricas, pois foi a primeira mulher a apitar jogos da Ligue 1, da Champions League e das eliminatórias europeias para a Copa.

Também com 38 anos, a catarinense Neuza Inês Back é do quadro da FIFA desde 2014. Ela atua com frequência em jogos das competições da CBF, mas também da Conmebol. Em 2022, ela atuou em 27 jogos das séries A e B do futebol brasileiro.

Trio feminino contrasta com Copa em país com graves restrições aos direitos das mulheres

A escolha de escalar um trio feminino para comandar um jogo de Copa do Mundo pela primeira vez contrasta com a escolha do país sede para a Copa do Mundo. O Catar restringe severamente os direitos das mulheres.

No Catar, como na maioria dos países do Golfo Pérsico, as mulheres ainda vivem sob a tutela dos homens em suas famílias, sejam pais, irmãos ou maridos. Elas precisam de autorização legal para estudar, trabalhar e viajar ao exterior.

Outro problema grave é a falta de proteção contra a violência doméstica e direitos reprodutivos. Denúncias dificilmente são levadas a frente, inclusive com punições às denunciantes. Casos de infidelidade feminina ou mesmo relacionamentos fora do casamento são punidos com severidade.