Após reclamar de clássico, Botafogo é ajudado por arbitragem e leva polícia a campo
A verdade sempre aparece e o que o Botafogo fez na última quinta-feira (2) mostra que quem colocou a polícia em campo, em Brasília, foi o time rival. Os botafoguenses saíram do Mané Garrincha reclamando muito por conta das expulsões e sugerindo critérios diferentes do juiz para o Flamengo, mas não foi o que aconteceu na Copa do Brasil, contra o Sergipe.
Os sergipanos venciam por 1 a 0 e por isso, o Botafogo precisava do empate para evitar um vexame com eliminação logo na primeira rodada do torneio. O árbitro ajudou a conseguir esse resultado, já que deu longos acréscimos além do necessário e, com o tempo estourado, não impediu o gol do Botafogo aos 100 minutos de partida.
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Como resultado, confusão e pancadaria em campo. Se sentido roubado, o Sergipe partiu para cima do juiz e a polícia precisou entrar em campo para intervir. Com dois jogos seguidos colocando policiais em campo, o time alvinegro mostra suas garras e nota-se quem é o maior culpado.
Dida explica roubo para o Botafogo
O goleiro Dida, do Sergipe, deu entrevista na beira do campo e não escondeu sua indignação com o juiz.
“Olha, estou muito sereno agora, estou tranquilo e vou falar com o coração: CBF, você é uma vergonha. O que você fez hoje foi uma safadeza. No último lance, não foi escanteio. Eu estava no chão, o árbitro disse ‘levanta que se não eu vou dar mais um minuto’. Levantei e mesmo assim ele deu. É uma safadeza. Se fosse ao contrário, o Botafogo ganhando e Sergipe precisando do resultado, era cinco, seis minutos no máximo. CBF, você é uma vergonha”, afirma o arqueiro.
Sobre a confusão generalizada, o goleiro explica que é reflexo da ‘safadeza’ que foi cometida pelo árbitro em campo: “Eu não consegui acompanhar, abaixei a cabeça pela tristeza. Não vi o que aconteceu. Mas é a revolta, né? Alguns reagem de uma forma, outros, de outro jeito. Mas o que ele fez hoje foi uma safadeza e ele sabe disso. Por isso saiu de campo apanhado”. Veja:
Pedrinho defende Sergipe e admite que foi um roubo
O comentarista e ex-jogador Pedrinho comentou o assunto. Para ele, o árbitro não devia ter dado tanto tempo de acréscimo e, além disso, concorda com o goleiro Dida e afirma que se fosse ao contrário, a partida teria terminado.
“Eu acho que a arbitragem vai ter 500 argumentos para defender o que ela deu a mais. Mas dentro da normalidade do jogo, ele teria que ter terminado. Já tinha acontecido um escanteio, aconteceu outro. O tempo estourou 30 segundos além do tempo que ele tinha dado. Acaba o jogo. Não houve (cera) nada. Com todo argumento que o árbitro vai ter para isso, dentro da normalidade, era para ter acabado. Quando o Dida fala que fosse ao contrário ele acabaria, é verdade. Acabaria”, admite.
Botafogo se vitimizou em jogo contra o Flamengo
No clássico caótico contra o Flamengo, o Botafogo se fez de coitado e jogou a responsabilidade dos ocorridos para o lado de cá. Isso porque depois da partida, o técnico português Luís Castro jurava que seu time havia sido roubado, mas não soube explicar como.
“Não fomos tratados de forma igual. Porque o árbitro fugiu dos jogadores do Flamengo não dos meus. Venha alguém aqui e explique. Por que só falam dos meus jogadores? Meus jogadores precisam de psicólogo. Só eles? Porque quem comanda o futebol não precisa? Não vim aqui só pra ganhar meu dinheiro e dizer nada”, dizia o treinador.
Com invasões de campo e polícia acionada, o treinador não imaginava que no jogo seguinte teria que passar a mão em um time de menor expressão, e por isso, continuou:
“Acho que o jogo tinha que ter acabado aos 5 minutos. Porque vi o árbitro correr a frente dos jogadores do Flamengo. Não vi ele correr dos meus jogadores, vi ele enfrentar. Pra mim foi uma peça de teatro aquele jogo. No fim teve um pênalti que não foi marcado e nem vi o VAR marcar. Comportamentos geram comportamentos”, concluiu.
Veja parte da confusão contra o Sergipe com direito a soco no rosto do juiz: