Após caso impune no Brasileirão, torcida do Athletico expõe faixas contra racismo
Nesta quarta-feira (12), Flamengo e Athletico-PR se enfrentam por uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. A partida será na Arena da Baixada, às 21h30. Antes da bola rolar, a torcida o clube paranaense exibiu faixas contra racismo nas arquibancadas.
Em registro da jornalista Raisa Simplicio, duas faixas com os dizeres “Não ao racismo” e “Racismo é crime”. O objetivo deve ser evitar que torcedores do Athletico-PR cometam racismo contra jogadores ou torcedores rubro-negros.
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Afinal, em maio deste ano, torcedor do Athletico foi flagrado fazendo gestos racistas, alusivos a um macaco, em direção aos torcedores do Flamengo. O crime aconteceu durante a partida pelo primeiro turno do Brasileirão.
O Athletico foi denunciado no artigo 249-G Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil por “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
Contudo, apenas um auditor do caso votou pela punição do clube paranaense. A procuradoria tinha a oportunidade de recorrer, mas optou por aceitar a decisão do Superior Tribunal Desportivo (SJTD).
CBF prometeu punições para casos de racismo
Após mais um caso de racismo contra Vinícius Júnior na Europa, a Confederação Brasileira de Futebol lançou a campanha “Com racismo não tem jogo”. Na teoria, o Campeonato Brasileiro seria pioneiro em punir atos racistas em seus jogos. Aliás, o próprio presidente da CBF foi firme ao comentar os casos de racismo.
“Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo, não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios. Basta de preconceito”, disse Ednaldo Rodrigues.
No entanto, apesar das falas do presidente e de incluir possíveis punições por racismo no Regulamento Geral de Competições, a CBF não puniu o Athletico.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.