O dia 28 de outubro de 2024 ficará marcado como a data que a revista France Football cometeu uma das maiores injustiças do prêmio da Bola de Ouro. A eleição de Rodri como melhor do mundo e não Vini Jr revoltou torcedores de Flamengo, Real Madrid e muitos amantes do futebol ao redor do planeta. Um acontecimento que remete a 1983, quando os critérios da revista “tiraram” o prêmio de Zico.
Zico fez parte da temporada pelo Flamengo, que terminou com gol e título do Brasileiro, e depois partiu para a Itália para defender a Udinese. O talento para liderar a equipe modesta em vitórias antes inesperadas e os ótimos números fizeram o Galinho ser eleito o jogador do ano pela revista inglesa “World Soccer”.
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O eterno 10 da Gávea recebeu 28% dos votos e ficou à frente de nomes como o do francês Michel Platini, Maradona, Karl-Heinz Rummenigge e Falcão. Contudo, Zico não pôde concorrer ao prêmio da Bola de Ouro daquele ano, que acabou ficando nas mãos de Platini.
A ‘France Footbal’ considerava apenas os jogadores europeus para eleger o melhor do mundo, o que ocasiona em “injustiças” como aconteceu com Zico e posteriormente com Maradona. Ainda que ambos tenha sido votados e vencedores pela World Soccer, a revista francesa ganhou em credibilidade ao longo dos anos e é tratada como “oficial” pelos espectados do esporte.
Entre 1982 e 1995, ano da primeira votação da World Soccer e quando a France Football passou a admitir não europeus, respectivamente, apenas quatro decisões foram diferentes entre as revistas. Além de Zico, Maradona (1986), Ruud Gullit (1989), Paolo Maldini (1994) e Gialuca Vialli (1995) foram eleitos pela revista inglesa.
Os vencedores da Bola de Ouros nesses anos fora, respectivamente, Igor Belanov, Marco Van Basten, Hristo Stoichkov e George Weah. Contudo, de todas essas escolhas diferentes, apenas Zico e Maradona sequer tiveram a chance de disputar a premiação.
Lembrando que, em um cenário de disputa global e justa, algo que não ocorre até hoje, Zico seria o vencedor também em 1981. Temporada que marcou 39 gols e deu 15 assistências em 55 jogos pelo Flamengo, liderando o time para os títulos da Libertadores e do Mundial.
Injustiça com Vini Jr
A entrega da Bola de Ouro para o espanhol Rodri evidencia novamente o que a época Messi x Cristiano Ronaldo mascarou: europeus são os favoritos para o prêmio. Apesar da temporada com gols em todas as fase mata-mata da Champions e atuação decisiva no título de La Liga, o Garoto do Ninho não ficou com o prêmio que parecia óbvio.
Ele fez justamente o que a revista tanto premiou nos últimos anos, aliou a participação decisiva nos principais títulos do ano com as estatísticas. Foram 24 gols e 9 assistências em 39 jogos. Rodri ganhou força após a Eurocopa, em uma clara tentativa de achar um europeu para disputar com Vini. Ele é uma escolha mais controversa que Modric em 2018.
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