Ano de 2020 prova que Flamengo não planejou o sucesso de Jorge Jesus, afirma colunista

02/12/2020, 21:43
Jorge Jesus Flamengo

Para o colunista, os muitos erros cometidos pela diretoria do Flamengo em 2020 provam que não houve planejamento

Jorge Jesus foi um tiro no escuro. É o que pensa o colunista do UOL, Rodrigo Coutinho. Segundo o jornalista, os muitos erros cometidos pela diretoria do Flamengo em 2020 provam que não houve planejamento para a contratação do português. Mas acabou acertando.

Para Coutinho, o Rubro-Negro queria uma grife, algo que diferenciasse das constantes e recentes trocas de treinador no clube. De acordo com ele, a contratação do técnico Domènec Torrent, com anos de convivência com Pep Guardiola e também um nome com alguma relevância, ”apenas estrangeiro”, é demonstração de como foi um acaso.

Rodrigo lembra que Dome chegou com filosofia e estrutura de jogo bem diferentes das do Jorge Jesus. Porém, sem o respaldo necessário para o trabalho. E destaca: “Quem não lembra do vice de futebol Marcos Braz correndo desesperadamente atrás de Gabigol para um afago após o atacante sair de campo dando chilique ao começar no banco contra o Fortaleza? Que tipo de recado aquilo passou aos demais atletas?”, escreveu o colunista.

MAIS NOTÍCIAS

Jorge Jesus detona FIFA em lista de melhores técnicos e revela para quem torcerá

Pablo Marí revela história após gol do Flamengo na final da Libertadores

Eliminado, Rogério Ceni defende jogadores e explica os próximos passos do Flamengo

Entretanto, Coutinho enfatiza que isso não é caso apenas do Rubro-Negro: “Basicamente todos os clubes do futebol brasileiro não possuem dirigentes preparados para entender o que é um modelo de jogo, julgar uma gestão profissional de elenco, e saber o que, e quando cobrar algo”, explica.

O colunista termina falando sobre o insucesso dos sucessores de Jesus. Para ele, não está na capacidade de ambos, mas sim o “tiro não ter sido certeiro” como foi com o Mister: “Em 2019 o Mais Querido teve um técnico bem acima da média. Isso não quer dizer que Domènec ou Rogério Ceni não tenham capacidade de comandar o Flamengo. Eles só não são o ”tiro no escuro” dado ano passado”, finaliza.


Partilha
Bruno Guedes
Autor

Jornalista e Historiador, é apaixonado por futebol bem jogado. Já atuou na Rádio Roquette Pinto e como colunista no Goal.com. Siga no Twitter: @EuBrguedes