Analista explica nó tático de Filipe Luís no Palmeiras

Atualizado: 26/05/2025, 14:04
Flamengo comemora gol sobre o Palmeiras

Para superar o Palmeiras, o Flamengo de Filipe Luís conseguiu ser muito superior taticamente. Desde o início da partida, apesar de alguns erros técnicos, o Rubro-Negro cumpriu seu papel taticamente, e se manteve fiel aos ideais do treinador até o final.

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Por isso, o analista tático Victor Nicolau, do canal Falso Nove, entende que "Filipe Luís deu um nó tático em Abel Ferreira".

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Atrair para libertar e Estêvão anulado

A principal ação do Flamengo de Filipe Luís foi o clássico atrair para libertar. O time flamenguista busca fazer com que os palmeirenses subam suas linhas, gerando espaço nas suas costas.

"Filipe Luís decidiu partir de referências individuais. Mas a ideia era uma marcação zonal, partindo da altura dos seus zagueiros. Aumentavam o espaço às costas da defesa intencionalmente. Assim, os jogadores de frente do Palmeiras precisavam baixar e esse bloco ficava compacto", comenta.

Além disso, Estêvão foi anulado pela tática de Filipe Luís.

"A defesa concedeu a bola para o Palmeiras trocar passes. Essa compactação do bloco médio entregava ao Palmeiras somente a bola em profundidade. Não conseguiu colocar o Estêvão no jogo por causa dessa aplicação tática do Flamengo", diz.

Boa marcação do Flamengo de Filipe Luís

A solidez defensiva foi crucial para que o Flamengo não sofresse muito e ainda conseguisse partir de trás até a criação de jogadas.

"Bruno Henrique recebia quando o Flamengo recuperava e conseguia dar sequência ao jogo. O Flamengo fazia uma marcação competente, obrigando o Palmeiras a jogar como não gosta e colocando o Cebolinha no um contra um. Se o Flamengo não construiu nada, foi muito por culpa dele no primeiro tempo", continua.

A saída de bola foi crucial para o sucesso da ideia de Filipe Luís, assim como o respeito que Rossi impõe ao jogar com os pés.

"Jogo controlado pelo Flamengo desde o primeiro minuto. O Flamengo fazia sua saída muito competente. O Palmeiras não fazia essa pressão individual porque respeitava muito o Flamengo ter o Rossi, como um goleiro-linha, e o Flamengo ter a melhor saída de bola do Brasil. O Flamengo consegue atrair o Palmeiras ainda assim, para colocar a bola no Cebolinha", analisa.

Atacantes do Palmeiras eram superados e não voltavam para marcar

A falta de disposição dos atacantes palmeirenses para marcar também foram importantes. O Flamengo atraía, libertava, e ao superar os atacantes do Palmeiras, ainda via esses jogadores ficarem para trás, com pouco ou nenhum ímpeto para marcar.

"Esses três homens de frente do Palmeiras não retornavam. O Facu Torres voltava pelo lado, e o Emi e o Evangelista não voltavam na mesma velocidade. Isso colocou o Flamengo em vantagem na entrada da área do Palmeiras, gerando espaço na frente da área. O Flamengo fazia, intencionalmente, para gerar cada vez mais espaço", lembra.

O analista aponta, inclusive, a jogada do pênalti em Arrascaeta como fruto disso, além, é claro, da participação do Rossi.

"Três atacantes do Palmeiras e o Rossi vai de marcha-ré. Ele traz os caras para espaçar e fazer eles correrem para trás. O Evangelista sai nele e faz o Gustavo Gómez sair no Luiz Araújo, fica mano a mano a defesa, e ele volta desesperado para ocupar esse espaço. O espaço era muito vasto e o Flamengo trocava passes com tranquilidade. Foi ganhando pouco a pouco, virando o jogo na batalha territorial", afirma.

A qualidade dos atacantes de Filipe Luís foi crucial.

"Gómez sai na perseguição longa para tentar deixar o time mais compacto no entrelinhas, e o Luiz Araújo dá essa girada e observa o Arrascaeta dentro da área. Ele sofre o pênalti", diz. Veja a análise completa abaixo.