Analista destrincha pontos positivos da vitória contra o Fortaleza
No último sábado (1), o Flamengo bateu o Fortaleza no Maracanã pelo Brasileirão. Apesar do começo conturbado, com defesa de pênalti de Matheus Cunha, Arrascaeta brilhou, servindo Gabigol de maneira espetacular. Além disso, o uruguaio também marcou no segundo tempo, fechando a vitória do Mais Querido por 2-0. Agora, o time de Sampaoli tem sequência difícil na semana, contra Athletico-PR e Palmeiras.
Raphael Rabello, analista tático, destrinchou o que tem por trás da vitória do Flamengo. Na visão do analista, além da boa partida de Arrascaeta, o Flamengo também venceu na tática, no talento e na disposição. Por fim, Raphael também analisou o que está por trás das boas escolhas de Jorge Sampaoli para essa partida.
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A escalação do Flamengo
Logo de início, Raphael já destaca as mudanças na escalação do Mais Querido, como a volta de Ayrton Lucas, Thiago Maia ao lado de Pulgar na intenção de preservar a transição defensiva e a escolha de um time com três meias atrás de Gabigol, sendo menos agressivo e mais dominante com a bola. Porém, destaca que alguns erros de passe fizeram o time sofrer desnecessariamente na partida.
Também falando sobre elenco, o analista faz um paralelo entre o Fortaleza e o Bragantino. Ele compara lembrando que, assim como a equipe de Bragança Paulista, o time cearense não tem nenhum nome acima da média, como Arrascaeta, Gabigol e Pedro no Flamengo. Mas tem bons jogadores, inteligentes, além do treinador que tem um projeto de dois anos na equipe do Fortaleza.
A importância de Arrascaeta
Em seguida, Raphael destaca a importância de Arrascaeta para a formação do Flamengo. Na ideia de jogo do Sampaoli, principalmente para Flamengo x Fortaleza, o treinador utilizou de dois triângulos de cada lado do campo. Pela direita, Everton Ribeiro, Gabigol e Wesley, enquanto que na esquerda, Gerson, Ayrton Lucas e Thiago Maia.
Dessa forma, o analista destaca o papel de Arrascaeta centralizado, jogando como coringa e se aproximando das triangulações sempre de acordo com a posição da bola na jogada. Ademais, o analista também lembrou do talento do uruguaio, fundamental para a partida de ontem e que, quando o uruguaio não está bem fisicamente, não costuma aparecer.
Estatísticas de Flamengo e Fortaleza
Analisando os números da partida, é importante perceber que, mesmo que o Flamengo teve mais posse de bola (60% x 40%), finalizou menos que o Fortaleza. Enquanto o Mais Querido teve 10 finalizações (4 na meta), a equipe adversária arrematou 14 vezes, sendo 5 delas no gol de Matheus Cunha. Na visão do analista, as finalizações cedidas são por conta dos erros de passe na saída de bola.
Raphael também diz que a precisão de passes do Flamengo é considerada baixa. O time teve precisão de 84% nos passes, sendo o ideal mais próximo de 90% ou até mesmo passando disso. Ele também menciona positivamente a criação do Flamengo no segundo tempo e elogiou Bruno Henrique, que mesmo com certa displicência do time como um todo, criou boas jogadas, principalmente no contra ataque.
Por fim, destaques positivos para a função tática de Filipe Luís, que entrou como volante no segundo tempo e foi comentado por Jorge Sampaoli na coletiva. Mesmo que não seja a melhor ideia à princípio, Raphael confidencia que o jogador foi muito bem e que pode dar certo em outras ocasiões.
Sou de Teófilo Otoni-MG, mas moro e estudo jornalismo em Belo Horizonte, na PUC Minas. Apaixonado pelo Flamengo, videogames, Samba, MPB e sou ex-tenista.