Análise tática de Flamengo 2x0 LDU: intenso e dominante, Rubro-Negro renasce na Libertadores
No Maracanã pulsante da última quinta-feira (15), o Flamengo venceu a LDU por 2 a 0 e, mais do que somar três pontos cruciais, mostrou uma atuação que há tempos não se via na Libertadores.
➕Técnico da LDU evidencia nó tático do Flamengo: 'Não conseguimos ter a bola'
Sob o comando de Filipe Luís, o Rubro-Negro apresentou um desempenho taticamente maduro, intenso e dominante, que colocou o time em posição confortável na luta por uma vaga nas oitavas de final.
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Desde o apito inicial, ficou claro que o Flamengo tratava a partida com o peso que ela merecia. A equipe entrou em campo com nível de concentração altíssimo e dominou territorialmente os equatorianos.
Ao contrário do que se viu nas partidas anteriores da competição continental, especialmente nas apresentações irregulares contra o Central Córdoba, o Mengão demonstrou clara intenção de vencer durante os 90 minutos.
Sem Pulgar e Allan, lesionados, o técnico Filipe Luís promoveu alterações que foram decisivas. Gerson voltou a atuar como volante, ao lado de De la Cruz, e Luiz Araújo ganhou vaga no ataque. O resultado foi uma equipe mais leve e veloz na transição ofensiva e mais organizada na recomposição.
O trio Gerson, De la Cruz e Luiz Araújo foi o motor da equipe, distribuindo, acelerando e pressionando. Arrascaeta, nome do Flamengo na temporada, não conseguiu fazer um bom jogo, principalmente bela boa marcação da LDU na frente da zaga.
Com 70% de posse de bola e 25 minutos iniciais de pressão incessante, o Flamengo empurrou a LDU contra seu próprio campo, dificultando qualquer tentativa de saída limpa. A proposta do adversário era disputar o meio-campo e tentar agredir, mas a intensidade da marcação rubro-negra frustrou essa ideia rapidamente.
Superioridade é vista nos números
Os números do primeiro tempo evidenciam a superioridade do Flamengo:
- Finalizações: 12 x 1
- Posse de bola: 62% x 38%
- Passes certos: 310 x 148
- Escanteios: 7 x 0
Mesmo com dificuldades no terço final, em especial na tomada de decisão e finalizações, o volume de jogo foi esmagador. A entrada de Luiz Araújo foi estratégica: além do gol e da assistência, o camisa 7 trouxe profundidade pelo lado direito, se aproximando bem de Wesley e sendo um dos poucos a arriscar de fora da área.
Apesar da fragilidade ofensiva da LDU, a zaga rubro-negra teve papel ativo. Léo Ortiz, autor do primeiro gol, e Léo Pereira se posicionaram quase sempre no campo de ataque, garantindo superioridade numérica e amplitude na construção.
No segundo tempo, coube ao lateral Alex Sandro brilhar: em bela jogada individual, invadiu a área e cruzou para Luiz Araújo ampliar.
Após o segundo gol, marcado logo aos 8 minutos da etapa final, o Flamengo administrou o ritmo. Filipe Luís promoveu substituições para aproveitar os espaços deixados por uma LDU obrigada a se lançar ao ataque. Com Pedro, Cebolinha e Wallace Yan em campo, o time perdeu intensidade ofensiva, mas manteve o controle da partida, sem sofrer sustos.
Sinal de alerta segue ligado na Libertadores
Embora não tenha sido a melhor atuação do Flamengo na temporada (erros técnicos e algumas escolhas equivocadas impediram uma vitória mais elástica), o desempenho tático foi convincente. A equipe mostrou maturidade, controle emocional e entrega. Características essenciais para seguir vivo na competição.
Agora, com a vitória, o Rubro-Negro depende apenas de si para se classificar. No próximo compromisso, dia 28 de maio, contra o Deportivo Táchira, também no Maracanã, o Flamengo pode confirmar a vaga nas oitavas com uma nova atuação firme. Se repetir a postura apresentada contra a LDU, o torcedor rubro-negro pode voltar a sonhar alto na Libertadores.
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