Análise: se ainda quiser ser campeão, Flamengo precisará dos inconformados
O Flamengo venceu o Sport ontem, mas não convenceu, nem de longe. A fraca partida diante do Leão para 26 mil torcedores na Ilha do Retiro mostrou que em tempos de pouco padrão tático e ineficiência técnica o que prevalece são os três pedidos da torcida nos cânticos: raça, amor e paixão.
Dorival tinha tudo para levar a culpa do empate ou de uma possível derrota para casa se não fosse pela entrega de alguns, não todos, os seus jogadores. Mesmo montando o time titular de forma questionável, com Léo Duarte improvisado, Réver e Geuvânio de titulares, o treinador acertou ao promover as entradas de Éverton Ribeiro e Berrío logo após a expulsão de Paquetá.
Em um primeiro tempo tenebroso nem quem tinha mais vontade conseguia alguma coisa. No segundo tempo, ainda sem mexer, o Flamengo foi dominado pelo Sport até a expulsão de Paquetá – a partida terminou com 58% de posse de bola adversária. Ironicamente o time funcionou mais com dez do que com onze.
Dentro de campo era nítido o incomodo de alguns, de novo, não todos, jogadores com o resultado e com a forma com que o time estava jogando. Coincidentemente ou não, os mesmos que estavam inconformados dentro já tinham dado indícios fora das quatro linhas de que não “compactuariam” com o discurso do restante do elenco.
Enquanto Réver saía de campo constantemente lamentando resultados e fazendo o papel de ‘bom vizinho’, ou para alguns de 'bom líder', Arão, lá em setembro, desabafava:
- Dizer o que? Dizer que não ganhamos de novo? Cansei de jogar bem no Flamengo e perder...
Enquanto antes do jogo contra o Botafogo Léo Duarte respondia em coletiva que aquele elenco mudara o patamar do clube por não estar brigando pelo rebaixamento, Cuéllar se mostrava irritado com o momento dias depois ao responder que:
- Para a grandeza do Flamengo, o balanço não é positivo. Temos que brigar pelo título [...] o ano não é bom e temos que reconhecer. Pela qualidade do elenco, já devíamos ter ganhado algo.
Não por coincidência, ambos são os únicos expoentes técnicos e táticos dessa reta final do Flamengo. Com eles, César, Renê e ontem Éverton Ribeiro e Berrío salvaram a noite do treinador rubro-negro. Também não por coincidência, assim que o árbitro Raphael Claus apitou o fim do jogo, quatro deles aparecem transbordando felicidade diante da sofrida vitória, que fez com que o Flamengo retornasse a vice-liderança e continuasse na briga direta pelo título Brasileiro.
*Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Gilvan de Souza/Flamengo
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