Análise: Como o Palmeiras chega para enfrentar o Flamengo?

O Flamengo enfrenta o Palmeiras neste sábado (28) em busca do tricampeonato da Supercopa do Brasil. A fim de compreender melhor o adversário rubro-negro no duelo, vamos analisar o início de ano do alviverde paulista e indicar mudanças em relação à equipe de 2022.
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Palmeiras ainda precisa se adaptar a Endrick
A princípio, a modificação que mais chama atenção é a utilização de Endrick como titular. A jovem promessa de 16 anos vem sendo utilizada por Abel Ferreira como um camisa 9 centralizado. Assim, Rony e Dudu passaram a revezar posição no corredor lateral.

Endrick não vem se sentindo tão confortável atuando nesta posição no início de 2023. Apesar de apresentar uma imensa margem de evolução e ainda ser o começo do ano, já é possível notar o desconforto do jogador em precisar gerar apoio frontal (pivô) com frequência.
Defensivamente, o Palmeiras segue utilizando bastante os encaixes individuais. Já na saída de bola adversária, em muito momentos é possível notar os pontas abertos para marcar os laterais, bem como os volantes encaixados nos meias. Uma escolha com prós e contras…
Ao passo que é possível facilitar a movimentação dos defensores, a marcação individual é mais fácil de ser manipulada por movimentações ofensivas. Por exemplo: desarme de apoio para gerar espaço ao companheiro em profundidade.
Palmeiras segue muito perigoso nos contra-ataques
A equipe paulista segue taticamente com um desenho parecido com o da temporada passada para atacar. Saída de três com um lateral de base e outro mais avançado. Como resultado, um dos ponteiros centraliza o jogo e outro gera amplitude.

Suas principais armas quando está organizada com bola são os chutes de longa distância e os ataques rápidos. Ou seja, com poucos toques busca chegar em zona de finalização com passes mais longos e arriscados, o que pode ocasionar muitos erros.
Apesar de ser uma equipe preparada para enfrentar um adversário em bloco baixo, são as transições ofensivas o grande diferencial da equipe treinada por Abel Ferreira. Com três anos de trabalho, a rapidez para atacar o adversário após retomar a posse é fora do comum.
Com o longo tempo de assimilação das ideias, os jogadores automaticamente conseguem acelerar o jogo e encontrar vantagens a serem exploradas para contra-atacar o adversário.
Expectativa é de duelo muito duro, todavia Palmeiras inicia ano com problemas não resolvidos
Enfim, o balanço inicial do início de ano do Palmeiras mostra uma equipe ainda bem longe do seu ideal e que precisa se adaptar à ausência de dois jogadores muito importantes para equipe em 2022: Gustavo Scarpa e Danilo. Além disso, Endrick está de longe de ter encontrado seu melhor posicionamento, de modo a limitar seu jogo em muitos momentos.
No final, o Palmeiras segue sendo um adversário muito duro, todavia iniciou 2023 com algumas dificuldades e ainda sem ter encontrado soluções para elas.