Amazonas é notificado e terá que responder por preços absurdos

26/04/2024, 08:17
Flamengo x Amazonas acontece em Manaus, na Arena da Amazônia

Os preços absurdos para o jogo de volta da Copa do Brasil, entre Flamengo e Amazonas, não deve ficar impune. Após inúmeras denúncias dos torcedores, o Procon se movimentou por conta da precificação de ingressos para a partida do dia 22 de maio, que decide quem avança na competição.

O ingresso mais barato custa R$ 150 (a meia-entrada, com inteira a R$ 300), mas pode chegar até R$ 1500, dependendo do setor. Contra o Flamengo, colocar alto preços é uma prática comum dos times pequenos, visando lucrar com o tamanho da Nação, que lota qualquer estádio do país. Mas dessa vez, o Amazonas cruzou qualquer limite.

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O Procon notificou o clube que recebe o Flamengo na Arena da Amazônia, em Manaus, mas Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC-Aleam) também. Ou seja, são duas notificações e agora o Amazonas terá que responder sobre a precificação.

A equipe amazonense vai ter que explicar como chegou aos valores anunciados e o que foi levado em consideração. Ambos os órgãos consideram os valores abusivos e aguardam respostas dentro de dez dias.

Organização do evento tem outros desacordos e Aleam garante vigilância

Além dos preços, o Procon também observa outros desacordos. A disponibilidade de assentos para pessoas com deficiência e acompanhantes pode estar fora dos critérios, assim como a entrada de alimentos e bebidas. O Código de Defesa do Consumidor não estaria sendo seguido e o Amazonas, adversário do Flamengo na Copa do Brasil, terá que responder por tudo isso.

Mário César Filho é o presidente da CDC-Aleam, e comentou o caso, garantindo que os consumidores terão seus direitos respeitados e que tudo está sendo observado.

“É inaceitável que os torcedores sejam explorados com preços exorbitantes que ferem os princípios de acesso democrático ao esporte. não podemos tolerar a prática de abusos que prejudicam os consumidores e desrespeitam a legislação vigente. Estamos vigilantes e vamos garantir que os direitos dos cidadãos sejam protegidos com rigor”, diz.


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