Sob as bençãos da torcida o predestinado mostrou porque tem 17 gols em finais. Ele começou o jogo demonstrando mais mobilidade e técnica, que ficou evidente com um passe açucarado para Michael, o qual driblou dois defensores e finalizou rente à trave.
Antes da entrada do time em campo a torcida havia feito uma festa retrô, com bateria, muitas bandeiras e chuva de papel higiênico, lembrando o Maracanã de outrora, bem descrito na música “Domingo, eu vou ao Maracanã, torcer pelo time que sou fã, vou levar foguetes e bandeiras…”
E não demorou muito para a magnética extravasar, após bom passe de Gerson, Wesley conduz bem pelo meio e aciona Michael, que serve Gabigol para finalizar e Arrascaeta fazer o gol, após rebote do goleiro Everson.
O time manteve o ritmo, no estilo das escolas campeãs do carnaval, e não demorou muito para ampliar, com gol dele. Dessa vez não teve um inferno de dois anos atrás, mas um carnaval com a torcida gritando alto: “Oooooo, o Gabigol voltou!!! Oooo, o Gabigol voltou!!!”.
Houve até um momento de suspense, ante a dúvida do posicionamento, mas o maestro da bateria demonstrou como fazer uma paradinha sem descontos técnicos, para alegria dos foliões.
Ainda teve tempo de fazer mais um gol, para delírio dos presentes, momento em que até os críticos deram o braço a torcer. A folia estava completa. Nem o gol de honra dos visitantes jogou água na festa.
Polêmico, como sempre, parecia com os mandachuvas do nosso carnaval na passarela, distribuía beijos, exalava confiança, fazia galhofas e teve até tempo para tretar com nosso técnico.
O carnaval rubro-negro não tem a mesma alegria sem ele, sem seu gingado, sem sua provocação e sem sua comemoração!!!
Allan Titonelli é rubro-negro, amante do futebol, gosta de jogar uma pelada, assistir partidas, resenhas esportivas ou debater com os amigos sobre “o velho e violento esporte bretão”. Escreveu, ao lado de Daniel Giotti, o livro “19 81 – Ficou Marcado n...
