Convidado especial do ‘Resenha do Jogo’, programa exibido pela FlaTV, Allan abordou diversos assuntos relacionados ao seu momento no Flamengo. O jogador revelou as expectativas para a temporada 2024 e alertou sobre os jogos na altitude.
Pela Libertadores da América, o Flamengo já enfrentou o Millionarios (2650m) e ficou no empate em 1 a 1. Agora, se prepara para encarar o Bolívar, numa altitude de 3700m. O volante garantiu ser muito difícil atuar em altas elevações e ligou o alerta para La Paz.
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“Sente muito, não tem como, é horrível. Não vou mentir. Você faz duas ações e já falta ar, mas a gente tem que passar por cima, não pode usar como desculpa. Tem que chegar lá, fazer um bom jogo e tentar voltar com a vitória. Não é fácil, não. Não vou mentir. Eles são acostumados, a gente chega lá e sofre bastante”.
Em relação aos próximos compromissos, Allan também falou sobre o jogo contra o Palmeiras, pelo Brasileirão. A partida será disputada no domingo (21), às 16h (de Brasília), no Allianz Parque, que tem grama sintética.
“Além de ser sintético, é uma equipe que há anos vem brigando por título. Cria, sim, uma rivalidade, por ambas as partes, não só pela nossa. Jogo bom, todo mundo quer jogar. Vamos trabalhar esses dois dias até lá. Jogo grande, bom para assistir, jogar. É treinar, jogar bem e conseguir a vitória”.
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Jogo contra o São Paulo:
“A marcação pressão foi muito boa nesse jogo, também passou por todos. O esforço físico de cada um, todo mundo se doando ao máximo em prol do time, e isso também ajudou”.
Mudança de função:
“Essa função está sendo nova pra mim, era acostumado a jogar mais de primeiro, mais perto da linha de quatro defensiva, e atuar ali pra frente está sendo novo, mas estou me esforçando, fazendo meu melhor. Estou gostando da nova função. É ir melhorando e evoluindo”.
Conversa com o Tite:
“Ainda não, falta bastante (estou longe do Allan do Atlético-MG). Mas, já dá para ver que estou evoluindo, me sentindo cada vez mais em casa. Eu não estava feliz com a situação, eu já era fã do Tite antes de conhecer, pela história, enfim. Todos meus amigos que trabalharam com ele falam bem dele, e agora sou mais fã ainda. É um cara humano, entende o lado do jogador, e o que ele fez por mim eu tenho muito a agradecer pela paciência.
Era muito fácil chegar para mim e falar: ‘olha, você não está rendendo, não serve, vamos trocar’. Ele, não. Ele quis saber o porquê, entendeu, esperou, e agora estamos colhendo frutos. Tenho muito que agradecer a ele, e agora é seguir evoluindo, que jajá eu chego ao meu ápice. Vai ser bom para todo mundo. Para mim, para o Flamengo.
O mental sempre esteve bem, até porque, tudo que eu passei, se o meu mental fosse fraco, eu não estaria retomando. Eu digo pela parte técnica. A parte física está ok, não sinto mais dor, mas eu preciso, ainda, jogar mais com a bola. Mais confiança, buscar a bola, controlar o meio de campo. Mas isso, aos poucos, eu vou readquirindo. A gente só conquista ganhando minutagem. Quanto mais eu for jogando, cada vez mais confiante, cada vez mais, melhor”.
Concorrência no setor:
“A concorrência é pesada, todo mundo de qualidade, todo mundo querendo jogar. Mas, o grupo é muito bom. A gente sabe respeitar o momento de cada um, é uma disputa saudável. Só beneficia o Flamengo e o nosso time.
Tudo isso passa pelo Tite. Ele sabe passar a confiança que cada um precisa para fazer outras funções, mostra que é em prol do grupo. Quando você entra em campo com essa confiança, faz bem feito. Agora, é essa correria. Jogo quarta e domingo. Cada vez mais ir se adaptando aos jogos, ao cansaço, e ele sabe manejar isso muito bem. É um treinador experiente, a gente está com muitas expectativas, vai dar bom”.
Voz ativa no dia a dia do Flamengo:
“A gente tem vários líderes, né? Diferentes líderes também. Uns por atitudes, outros dentro de campo, demonstrando futebol. Isso soma, ajuda a gente no dia a dia. Eu sou novo, procuro aprender com eles, mas para o que precisar eu estou à disposição. Quero ajudar, estou muito feliz com a minha volta. Estou retomando meu bom futebol. E, agora, aos poucos, ir melhorando e ajudando o Flamengo”.
Expectativa para fazer um gol:
“Eu sou bem tranquilo em relação a fazer gol, porque as funções que eu fazia antes eram mais para trás, pelo da linha de quatro defensiva. Eu deixo para os atacantes desfrutarem. É obvio que eu quero fazer, mas não me importo tanto. Minha função é mais defender do que pensar em fazer gol. Mas, agora estando um pouquinho mais perto, quem sabe, nos próximos jogos sai um gol.
Eu jogava mais para trás, era difícil chegar mais próximo para finalizar. Às vezes finalizava, mas de muito longe, na época como primeiro volante. Mas agora, estando mais perto, às vezes sai um chutinho aí…”.
Comemorações caso faça gol
“Vou fazer todas as comemorações possíveis porque eu não sei quando vai sair o outro (risos). Eu brinco com a minha esposa, porque ela fala que eu não fiz gol pros nossos filhos. Aí eu digo: ‘nossa, eu estou devendo dois gols ainda’…”.
Pedro
“Pedro é absurdo. A qualidade que ele tem pra um número 9 é muito difícil, né? Finaliza muito. Pedro, sou fã. Sou suspeito para falar Isso ajuda a gente (a torcida vir junto) e acaba atrapalhando o time adversário, que se sente pressionado com o barulho da torcida, e a nossa dispensa comentários”.