Advogado defende acusado de racismo contra Vinicius Júnior com argumento bizarro
No dia 21 de maio, o confronto entre Real Madrid e Valencia ficou marcado pelos atos racistas de torcedores do Valencia contra Vini Jr. O cria do Flamengo foi alvo de gritos de “macaco” e gestos imitando o animal. Na tentativa de defender um dos criminosos punidos, um advogado apresentou argumento bizarro.
“Acusam o meu cliente de delito de ódio por coçar as axilas. Estou indignado com o Valencia porque estragaram a vida de um garoto de 18 anos. Meu cliente tem uma doença degenerativa e vai ao estádio curtir. A situação é muito grave porque o proibiram de entrar para sempre.”, disse o advogado em entrevista à rádio “Valencia Capital Radio”.
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Uma comissão do governo espanhol, responsável por punir denúncias de racismo no esporte, aplicou uma multa de 5 mil euros a três torcedores pelos insultos racistas contra Vinicius Júnior. Eles também estão proibidos de frequentarem estádios pelo período um ano.
Além disso, a Federação Espanhola de Futebol (RFEF) puniu o Valencia com multa de 45 mil euros e fechou o setor “Mario Kempes” do Estádio de Mestalla. O clube espanhol perdeu seu patrocinador master e terá que buscar um outro antes no início da próxima temporada.
Vini Jr é escolhido líder de comitê inovador criado pela Fifa
Os casos de racismo contra Vinicius Júnior na Espanha, principalmente o último, retomaram a discussão sobre preconceito no esporte em todo o mundo. Assim, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, decidiu criar comitê antirracismo e convidou o ex-Flamengo para liderar.
Em entrevista, o presidente comentou as funções que os novo comitê irá desempenhar e pretender montar um grupo de jogares em atividade para participarem do projeto.
“Vamos criar um grupo de jogadores em atividade, que se reúnem com a Fifa para propor medidas concretas, porque nós, como dirigentes, nossa responsabilidade mais importante é dar aos jogadores as melhores jogadores para dar alegria para a gente. A primeira etapa tem que ser escutar os jogadores, seus sentimentos e suas propostas. Depois, para mim, o que é muito claro é que não há futebol se há racismo. Quando há racismo, temos que parar os jogos. Não tem nada o que fazer, tem que parar os jogos”, disse Gianni Infantino.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.