Dirigente explica contrato para acervo do Flamengo e desmente meta bilionária

23/02/2024, 13:21
Gustavo Oliveira (à direita) em homenagem a Olivinha. VP de Marketing Gustavo Oliveira diz que teria estátua se conseguisse US$ 8 bi com acervo do Flamengo e que monetização é objetivo secundário

O vice-presidente de Comunicação e Marketing do Flamengo, Gustavo Oliveira, esclareceu nesta quinta-feira (22) em fala aos conselheiros as notícias sobre a contratação de uma empresa para monetizar o acervo histórico do Flamengo.

Gustavo fez piada com a notícia que circulou segundo a qual o Flamengo teria meta de arrecadar US$ 8 bilhões com o acordo com a empresa Yapoli. Ele esclareceu ao Conselho Deliberativo que esse é o valor total que o setor de gestão de ativos digitais de todos os clubes do mundo deve movimentar nos próximos anos.

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“A gente pode notar como as coisas hoje em termo de informação são sem muita consideração. As pessoas publicam notícias e sem pensar muito no que estão falando. Saiu ontem ou anteontem a notícia de que o Flamengo estaria vendendo a sua parte de dados, de material de conteúdo por US$ 8 bilhões. Oito bilhões de dólares são R$ 40 bilhões. Eu adoraria ter feito um contrato desses, modéstia à parte, eu teria uma estátua aqui no Flamengo”, brincou.

Na sequência, Gustavo esclareceu os objetivos do Flamengo com o contrato.

“Esse contrato muito mais que monetização é importante para preservar e organizar os dados e conteúdo de Flamengo. A gente hoje gera muito conteúdo. Nós tínhamos muito pouca coisa no arquivo, hoje com o material que a gente tem feito de Fla TV, o nosso museu, que era um sonho nosso de tantos anos, essa empresa vai organizar conteúdo”, disse.

Catalogar acervo do Flamengo é objetivo maior que monetização

“No dia que a gente quiser saber ‘Andrade‘, a gente vai entrar no portal dessa empresa, que vai ser do Flamengo na realidade, e vai colocar lá ‘Andrade’, a gente vai ter todas as informações, material, parte de jornal, parte de vídeo etc.”, exemplificou.

Segundo Gustavo, o trabalho da Yapoli será catalogar e manter todo o acervo passado e presente do Flamengo. A partir daí, é possível que o clube arrecade com seu acervo, mas longe dos valores bilionários circulados.

“A monetização vai vir? É claro que vai vir, a gente vai monetizar com programas, com a Fla TV, com nossos parceiros etc. Mas não é o foco principal deste trabalho que a gente está realizando agora.”

Atualmente, o acervo do Flamengo a ser gerenciado pela Yapoli conta com mais de 520 mil fotos, vídeos e documentos. Além do Flamengo, a empresa faz serviços semelhantes para companhias como Petrobras e Havaianas.


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