Abel Ferreira cita Pedro e Jorge Jesus durante coletiva

16/02/2024, 10:02
Abel Ferreira em coletiva do Palmeiras; Técnico falou sobre Gabigol

O Palmeiras venceu o São Bernardo por 1 a 0 nesta quinta-feira (15), pelo Campeonato Paulista, e o técnico Abel Ferreira propôs debate sobre temas do futebol brasileiro. Jorge Jesus, treinador que fez história no Flamengo, e a pressão das torcidas sobre os jogadores, citando Pedro como exemplo, foram alguns dos assuntos da coletiva de imprensa.

Abel afirmou que seu sucesso no Brasil, com nove títulos em quatro temporadas pelo Palmeiras, está ligado à passagem histórica do compatriota. Jesus marcou época no Mengão ao montar time que apresentou o melhor futebol do continente no século e conquistar Libertadores e Brasileiro de 2019, além de outros três títulos.

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“Se estou aqui é porque outro treinador se aventurou pela Europa afora, fez sucesso, que é o (José) Mourinho, e abriu portas para outros. Teve outro que atravessou o Atlântico para vir ao Brasil quando ninguém queria. E falou maravilhas, que é o Jorge Jesus, que abriu portas para mim, por exemplo. Vieram outros. A competência dos treinadores não tem nacionalidade”

Em seguida, o treinador português criticou a falta de paciência e pressão que torcedores brasileiros exercem sobre os jogadores ao comentar o bom momento de Flaco López. Abel citou vaias da torcida do Flamengo a Pedro, ídolo do clube, para reforçar a “cobrança muito grande” que há no futebol brasileiro.

“Felizmente, nossos jogadores sabem o que trabalhamos no clube. E sabem lidar com o 8 ou 80 do futebol brasileiro. O Borja aqui não deu nada, completamente trucidado pelos nossos torcedores. Está bem no River. Entre outros. Pedro foi vaiado no Flamengo, Hulk no Atlético. A cobrança aqui é muito grande”, concluiu o técnico do Palmeiras.

Tite também comentou pressão de torcedores no futebol brasileiro

A forma como a pressão afeta o desempenho dos jogadores também foi tema da coletiva do técnico Tite. Após vitória do Flamengo sobre o Bangu, nesta quinta-feira (15), ele falou sobre o processo da construção de uma equipe e a necessidade de ensinar aos jovens que é possível vencer sem “apelar”. Por outro lado, disse ter consciência que só seguirá no Mengão em caso de títulos e tratou com naturalidade.

“Não só pela grandeza da equipe, mas pelos comportamentos que tem e passa para a garotada para saber que, para vencer no futebol, não precisa ser expulso, deixar a perna, apelar. Só jogar e ser melhor. Gosto de equipe disciplinada. E esse processo todo é de construção que passamos fora do futebol, da necessidade de vencer, da grandeza do Flamengo, o meu cargo só vou manter se vencer e for campeão. Tudo isso atrelado ao aspecto da forma de jogar. Uma equipe que gosta de bola e compete de forma leal.”


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Matheus Celani
Autor

Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.