Gerrinson R. de Andrade | Twitter: @GerriRodrian
Tivesse eu um Delorean Time Machine, como aquele inventado pelo Dr. Emmett Brown, que volta ao passado, quebra a barreira do espaço-tempo, não faria outra coisa: levaria uma câmera para filmar o que infelizmente não foi filmado.
Para não recorrer em paradoxos temporais e embaralhar realidades paralelas, eu seria profundamente discreto. Não me envolveria com os acontecimentos, não mudaria nada, não salvaria vida, encontraria o melhor ângulo, quando possível.
Em verdade, eu apenas usaria a câmera, só, pequena pra ninguém nem perceber. Iria de estádio a estádio, pra pegar os gols e os lances daquele "Jurandir, Domingos, Newton, Biguá, Volante, Jaime, Valido, Zizinho, Pirillo, Perácio e Vevé".
Faria em hd, um punhado de clips. Quando voltasse a 2016, passava logo pro PC, editava, botava um efeito de envelhecimento e logo divulgava no YT. De graça, deixaria para todo mundo ver qual é que é.
Nem daria muito alarde. Sucinto, pra não explicar demais. Tivesse eu uma máquina destas, não desejaria que caísse em mãos irresponsáveis.
Surgiria logo vilão com plano ardiloso, com robô T800 - voltando para impedir que Dona Matilde tivesse aquele filho. Ou algum outro doido voltando direto a 1895, pra boicotar a reunião, com bomba no corpo, pra eliminar o Fla pela raiz.
Por isso mesmo, por estes vilões, bando de gente invejosa, é que eu seria só este vigia, em silencio, fazendo justiça.
Tivesse eu uma máquina do tempo, usaria só pra isso.
Pra ir ver pessoalmente e compartilhar a toda gente, no campo e na torcida, como já era bom ser Rubro-Negro em 1942.
Orra, é Mengo!
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Gerrinson R. de Andrade escreve no Blog Orra, é Mengo, da Plataforma MRN Blogs. A opinião do autor não reflete necessariamente a opinião do Mundo Rubro Negro.
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Paulista de Osasco, nascido em 1974, casado. Formado em Letras na USP, dramaturgo, profissional da área multimídia e servidor público federal. Rubro-negro desde 1980.
