90 minutos de dignidade

13/03/2018, 16:42

Saudações, Rubro-Negros!

 
O ano nem bem começou e já estamos falando em “jogo do ano”, “momento de decisão”, “divisor de águas” e tudo o mais que ilustra a situação atual do nosso Flamengo na Taça Libertadores. São clichês mais do que batidos, e por isso mesmo definem muito bem a delicadeza e a seriedade que o momento traz consigo. Ao Flamengo não serve nenhum outro resultado que não seja a vitória amanhã contra o Emelec, sob pena de haver uma pressão ainda maior, caso as coisas não terminem bem. Um empate, muito embora não possa ser tratado como trágico, principalmente se o outro jogo do grupo, River Plate x Santa Fé, também terminar empatado, o que manteria a peleja embolada, não bastará para elevar o moral nem dos jogadores nem o nosso, já que a essa altura do campeonato, e levando em conta o desempenho ridículo do Fla na competição ao longo da História, estamos mais e mais parecidos com aquele gato, que de tão escaldado passou a ter medo até de água fria. Flamengo em Libertadores é o nosso maior trauma, sem sombra de dúvidas.

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Mais do que vencer e garantir três pontos vitais a nossa pretensão no certame, esperamos que o time jogue pela nossa dignidade. Não exigimos uma goleada, tampouco que um espetáculo seja exibido em campo. Pedimos apenas isso, dignidade. Queremos ver um time esperto e desperto, que faça o resultado e não se assuste nem se acomode com ele; um time que mostre que não somente sabe jogar futebol, mas que também sabe jogar Libertadores. Em resumo, queremos um time formado por homens que não sucumbam a essa maldição que carregamos nesse torneio. É um desses raros momentos em que precisamos que nossos jogadores sejam maiores que o clube, ou, melhor dizendo, maiores que a tradição que temos de péssimas apresentações na competição.

Também será preciso jogar bola, algo que o Flamengo há tempos não faz com a qualidade que poderia e deveria mostrar. Muita gente ainda está devendo e está cada vez mais claro que outra vez errou-se na montagem do elenco para a temporada, principalmente em relação aos nossos laterais, todos eles deficientes e, seja na defesa ou no ataque, longe de representarem segurança, competência e efetividade. Mas também falta ver mais de Diego, Everton Ribeiro, Arão, Rômulo, Marlos, que eu já nem me lembrava mais que está na Gávea, entre outros. Dourado tem feito seus golzinhos, e isso é tudo que precisamos que ele faça. Porque é nítido que o rapaz tem sérios problemas quando precisa fazer mais do que cobrar um pênalti ou dar um toque na bola para empurrá-la para o gol. Como bem comparou um amigo, com a bola nos pés ele parece uma criança ainda desenvolvendo sua coordenação motora. Parece um invertebrado.

No blog: A pequena saga de um estrangeiro em seu próprio país
 

Porém é isso que temos por agora e é com isso que vamos. Não é pouco, apesar de tudo. É bem mais, por exemplo, do que imaginava-se que tinha o Grêmio no ano passado. Por piores que sejam Rodinei, Pará, Renê, Trauco e até o Dourado, eles não estão menos cotados do que estavam Leo Moura, Bruno Cortês e Jael quando a temporada passada começou para o time do Renato. As deficiências foram compensadas por uma equipe que sabia muito bem de suas limitações, mas as superou com qualidade e disciplina tática, estratégias bem definidas e uma dose cavalar de aplicação e dedicação de todos os envolvidos. O que se viu foi um time “fraco”, quando considerados apenas os nomes dos seus jogadores, apresentar o melhor futebol da América do Sul em 2017. O título foi mais do que merecido. Portanto, também é possível ao Flamengo fazer coisa muito melhor do que o que tem feito mesmo com os problemas que possui. Resta saber o quanto os nossos atletas e treinador estão a fim e são capazes de entregar.

SRN

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Imagem destacada no post e nas redes sociais: Divulgação / FIFA


Fabiano Torres, o Tatu, é nascido e criado em Paracambi, onde deu os primeiros passos rumo ao rubronegrismo que o acompanha desde então. É professor de idiomas há mais de 25 anos e já esteve à frente de vários projetos de futebol na Internet, TV e rádio, como a série de documentários Energia das Torcidas, de 2010, o Canal dos Fominhas e o programa Torcedor Esporte Clube, na Rádio UOL.


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