5 motivos para o Flamengo investir em esportes eletrônicos
Itália, Russia, China, Índia e outras 18 nações espalhadas pelo mundo já reconhecem os esportes eletrônicos como desportos. Para se ter uma ideia, hoje, os Estados Unidos dão visto de atleta para os competidores de e-Sports. Assim como no futebol e em outras tantas modalidades, os e-sports também possuem entidades que representam e organizam o esporte em nível nacional e internacional. No Brasil, existe a Associação Brasileira de Clubes de e-Sports (ABCDE). O Flamengo é um clube poli-esportivo e o investimento na categoria é interessante.
2- O público que acompanha os e-Sports tem crescido muito
O e-Sports é uma das modalidades esportivas que mais tem crescido no mundo. Os números já são impressionantes, em 2016 a final do mundial de League of Legends (LOL) - categoria na qual o Flamengo dará seus primeiros passos no mundo dos esportes eletrônicos - obteve um total de 43 milhões de espectadores únicos. E a tendência é que a modalidade cresça cada vez mais.
Uma recente pesquisa da empresa Newzoo, especializada na área, revelou que um a cada seis jovens acompanham competições de e-sports. Além disso, a pesquisa também mostra que 15% das pessoas entre 21 e 35 anos assistem competições pelo menos uma vez ao mês. Em 2016 a audiência dos campeonatos, transmissões ao vivo e desenvolvimento de marcas de esportes eletrônicos teve um alcance de 162 milhões de pessoas no mundo, e a previsão de crescimento para este ano é de 19,6% (cerca de 194 milhões de pessoas, valor quase igual a população total do Brasil - 207 milhões).
3- Os brasileiros são bons
O Flamengo tem investido cada vez mais em sua estrutura e por consequência, tem conseguido ótimos patrocinadores. Fenômeno semelhante acontece no mundo dos esportes eletrônicos. Os times de e-Sports são empresas, pagam impostos e possuem estrutura profissional - treinadores, psicólogos, administradores e especialistas em comunicação etc.
Por mais que ainda haja uma disparidade entre a estrutura proporcionada por outros países em relação ao Brasil, os cyber atletas brasileiros são bons e tem conseguido resultados interessante no cenário internacional das mais diversas categorias de e-sports. A presença de um clube do tamanho do Flamengo pode gerar mais oportunidades, investimentos e descoberta de novos atletas.
4- Patrocinadores investem cada vez mais
Neste ano, o ex jogador Ronaldo Fenômeno comprou parte da CNB e-Sports Club, equipe que joga na elite do campeonato brasileiro de League of Legends - atualmente está na lanterna da competição.
O mercado de e-Sports teve um crescimento total de 51,7% em 2016, arrecadando cerca de US$ 493 milhões. A previsão para 2017 é que tanto a audiência quanto o lucro do setor cresçam ainda mais, podendo chegar a cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 4,2 bilhão) em 2020. Todo este potencial, atraiu até mesmo os canais de TV. Atualmente, Sportv, Esporte Interativo e ESPN transmitem competições de e-Sports das mais diversas categorias.
5- Ainda é um mercado pouco explorado pelos grandes clubes
Com todo esse potencial relatado, é evidente que vários clubes grandes do Brasil já estão se movimentando para investir na categoria, certo? Errado. No Brasil, o Santos foi um dos pioneiros na modalidade. Em 2015, anunciou sua entrada no mundo dos e-Sports em parceria com a Desterity Team - que possui times de Battlefield 4, CS:GO, World of Warcraft, entre outros. Atualmente, a equipe santista disputa apenas os torneios de Rainbow Six, um game de gênero FPS (First person shooter).
Ainda é um mercado pouco explorado. A força do Flamengo, somada a sua gigantesca torcida e o potencial de crescimento da modalidade esportiva no Brasil tendem a gerar bons frutos para o clube. Por mais que a diretoria tenha deixado claro que não haverá investimentos pesados e que o clube fará uma parceria com uma empresa que já trabalha na área - podendo ser em moldes semelhantes ao que o Santos fez com a Desterity - o sucesso na modalidade pode alterar todo este panorama, inclusive aumentando o número de categorias em que o Fla participará.
No mundo, Paris Saint-German, Shalke 04, Wolfsburg, Valência, Monaco, West Ham e Manchester City também investem nos esportes eletrônicos.
Imagem destacada no post e nas redes sociais do MRN: Divulgação/ Flamengo
Com a ajuda de Júlio Contarini
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