12 mulheres que marcaram a história do Flamengo

08/03/2024, 13:44
O MRN homenageia 12 mulheres que marcaram a história do Flamengo

Em quase 130 anos de existência, inúmeras mulheres marcaram e foram importantes para a história do Flamengo. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Mundo Bola relembra e homenageia 12 desses nomes que simbolizam o poder feminino rubro-negro.

Érica Lopes da Silva (Gazela Negra)

Foto: Reprodução

Um dos maiores nomes do atletismo, Érica Lopes tem seu nome estampado na Calçada da Fama do Flamengo e eternizado no samba da Estácio de Sá de 1995.

Érica, chamada também de “Gazela Negra” por conta da sua habilidade, venceu tudo nas provas de 100 e 200 metros rasos na década de 60. Em 2013, a multicampeã emocionou ao declarar sua paixão pelo Mais Querido.

“Comecei a tomar aquele amor, aquela paixão (pelo Flamengo), ao ponto de morrer a minha irmã, eu tinha que ir para Porto Alegre para o enterro. Mas no dia seguinte tinha um campeonato que Flamengo sonhava em ganhar, o Troféu Brasil. Deixei de ir ao enterro, estava triste, chorando e venci todas as provas, e o Flamengo foi campeão”, disse em entrevista.

Rebeca Andrade

Foto: Marcelo Cortes/CRF

Com apenas 24 anos, Rebeca Andrade já carrega o título de maior ginasta da atualidade, ao lado de Simone Biles. A atleta chegou ao Flamengo com apenas 11 anos e foi lapidada pelo maior clube do Brasil.

A galeria de medalhas de Rebeca já conta com ouro e prata olímpico (Tóquio 2020), além de dois ouros e duas pratas em Pan-Americano (Santiago 2023). A ginasta é uma das favoritas para ganhar mais medalhas nas Olimpíadas de Paris, que serão disputadas no meio deste ano. Fora do tatame, Rebeca Andrade também é engajada com programas de valorização a mulher no esporte.

Fabi

Foto: Fernando Azevedo / Fla Imagem

Uma das maiores jogadoras de vôlei da história, Fabiana Alvim, a Fabi, também deixou sua marca no Flamengo. A líbero deu seus primeiros passos no esporte na Gávea, ainda na década de 90.

Depois de passar pelo Macaé, em 98, Fabi voltou ao Flamengo para ganhar títulos com o Manto Sagrado, incluindo Campeonato Brasileiro de Voleibol Feminino, Copa do Brasil e Torneio Internacional. Pela Seleção, não foi diferente: a cria da Gávea foi bicampeã olímpica em 2008 e 2012.

Rafaela Silva

Foto: Paula Reis / CRF

Na luta, o maior nome do Flamengo na atualidade é de uma mulher. Rafaela Silva é o grande potencial no Judô, outra atleta que também já faturou ouro olímpico (Rio 2016). A judoca está na Gávea desde 2021.

Rafaela mostrou que nem as consequências pesadas do antidoping e os dois anos afastadas do esporte foram capazes de pará-la. Em 2022, a judoca pode voltar aos tatames e logo de cara se consagrou campeã mundial do peso leve. No ano passado, mais uma demonstração de força e determinação: faturou também o ouro no Pan de Santiago. Rafa é outra promessa de título para o Brasil em Paris.

Patrícia Amorim

Foto: Alexandre Vidal/CRF

Patrícia iniciou sua carreira no Flamengo ainda jovem, pela natação. Depois da aposentadoria, a ex-atleta retornou ao clube para ocupar o posto de presidente, entre 2010 e 2012. Patrícia Amorim foi a primeira presidente mulher do Flamengo.

Apesar das problemáticas na gestão da presidente, ela também conseguiu feitos importantes que marcaram a história do Flamengo. Uma delas foi a contratação de Ronaldinho Gaúcho, um dos melhores jogadores do mundo na época, com direito a chapéu histórico no Grêmio. Os esportes olímpicos foram destaque com Patrícia na presidência, com o Flamengo vencendo 33 medalhas nos jogos Pan-Americanos de 2011.

Daniele Hipólito

Foto: Marcelo Cortes/CRF

Antes de se consagrar no esporte, Daniele Hypólito recebeu as primeiras oportunidades na Gávea, em 1995. A ginasta artística recebeu moradia, escola e salário no Flamengo, algo inédito e até inimaginável na época.

Depois de 95, Daniele Hypólito treinou nas instalações rubro-negras em mais uma ocasião, ainda no começo dos anos 2000. Em 2020, a ginasta voltou para o Flamengo para seu gran finale. Foram sete ouros na carreira, até se aposentar em 2021.

Isabel Salgado

Isabel ao centro da foto. Foto: Arquivo/ Patrimônio Histórico CRF

Referência no voleibol feminino, Isabel Salgado atuou como jogadora e treinadora do Flamengo. Seus primeiros passos no esporte foi com o Manto Sagrado, nos anos 70. Três títulos simbolizam a grandiosidade de Isabel no clube: foi bicampeã brasileira (1978 e 1980) e campeã sul-americana (1981). O desempenho no Flamengo permitiu a jogadora também brilhar pela Seleção.

Em novembro de 2022, aos 62 anos, Isabel Salgado nos deixou após uma parada cardíaca.

Berta Duarte

Foto: Reprodução

Apesar de aparecer pouco no imaginário do torcedor rubro-negro, Berta Duarte teve um papel importantíssimo no Flamengo. Entre as décadas de 50 e 60, época em que era impossível imaginar uma mulher envolvida nos esportes, Berta atuava organizando e dirigindo as modalidades do clube.

Ela, inclusive, foi madrinha do time tricampeão carioca em 1953, 1954 e 1955. Nos esportes olímpicos, Berta Duarte esteve na linha de frente do Vôlei e Basquete Feminino.

Virna Dias

Foto: Reprodução

Assim como Fabi e Isabel, Virna Dias está na prateleira das maiores jogadoras de vôlei da história do Brasil. Ela surgiu pelo Bradesco/Atlântica, fez seus primeiros jogos pela Seleção em 1988 e chegou ao Flamengo em 1999, ficando até 2001.

Na Gávea, Virna levantou o título mais importante da carreira: a Superliga Feminina de Vôlei, em 2000/2001. A final foi decidida em clássico entre Flamengo e Vasco, com o Mengão ganhando no tie-break. Virna também levou para casa o prêmio de melhor jogadora da final.

Rosicleia Campos

Foto: Paula Reis/CRF

Rosicleia tem uma vida intensa de trabalhos dedicados ao Flamengo. Como atleta, a judoca defendeu o Flamengo por 15 anos, participando das Olimpíadas de 1992 e 1996. Após se aposentar do tatame, Rosicleia Campos decidiu iniciar a carreira de treinadora.

Foram mais de 20 anos também como técnica da Seleção, de 2005 até 2021. Nesse período, a ex-lutadora venceu o importante Prêmio Brasil Olímpico, que a escolheu como melhor técnica do Brasil entre todas as modalidades olímpicas. Hoje em dia, Rosicleia continua a frente do Judô Feminino rubro-negro.

Maria Lenk

Foto: Reprodução

A histórica nadadora Maria Lenk é o maior nome da Natação feminina do Brasil. Seus feitos a colocaram no Hall da Fama dos Esportes Aquáticos, sendo a única mulher brasileira a conseguir essa conquista.

Vestindo o traje do Flamengo, Maria Lenk foi pioneira em diversos momentos. Entre 1932 e 1935, venceu seus primeiros títulos: o tetracampeonato da Travessia de São Paulo a Nado. Lenk se tornou a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, quando participou dos Jogos de Los Angeles, em 1932. Ela também foi a pioneira na introdução do nado borboleta, que atualmente é uma das provas da Natação nas Olimpíadas. O ícone do esporte morreu aos 92 anos, em 2007, após nadar na piscina do seu clube do coração.

Georgette Vidor

Foto: Divulgação/CRF

Georgette é coordenadora de ginástica artística do Flamengo. Ela é a responsável por preparar as mulheres de uma das modalidades mais vencedoras do clube nos últimos anos. E sua história na Gávea começou há muito tempo, em 1980.

O Flamengo contratou Georgette Vidor quando ela tinha apenas 22 anos, mas já contava com uma experiência e estudo aguçado para a função de treinadora. Ela se afastou do clube em 2004 e retornou em um cargo superior há quatro anos. Além do trabalho notável na Ginástica, Georgette também é voz importante na luta PcD (Pessoa com Deficiência). A treinadora sobreviveu a um grave acidente de ônibus em 97 e ficou paraplégica.


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