Bruno Henrique: STJD fecha inquérito sobre suposta manipulação de apostas

Atualizado: 06/06/2025, 15:22
Bruno Henrique na fila para o hino antes de jogo do Flamengo

Nesta sexta-feira (6), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) finaliza o inquérito que investiga Bruno Henrique por possível manipulação de apostas esportivas. O responsável por encerrar a apuração é o auditor Maxwell Borges de Moura Vieira. O caso agora irá para a Procuradoria do tribunal. 

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A conclusão permite que o presidente do STJD, Luís Veríssimo, envie o documento à Procuradoria. Em seguida, o procurador Paulo Dantas vai avaliar o inquérito e decidir se há elementos suficientes para uma denúncia formal ou vai arquivar o caso. Bruno Henrique é investigado por supostamente forçar cartões amarelos para benefício de apostadores em 2023. A informação sobre o fim do inquérito é do jornal 'O Globo'. 

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Dez envolvidos foram ouvidos na investigação do STJD, incluindo o atacante do Flamengo. O Camisa 27 participou de audiência virtual na última quinta-feira (29). 

Bruno Henrique foi indiciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala em "Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. A pena prevista é dois a seis anos de suspensão.

Vale lembrar que o caso foi arquivado na esfera desportiva ainda em 2023. Mas o órgão decidiu reabrir o caso após a investigação da Polícia Federal indiciar o atleta por estelionato e fraude em competição esportiva para suposto benefício de apostadores. Esfera criminal que aguarda o Ministério Público avaliar o inquérito. Recentemente, BH teve pedido de levar o caso para a Justiça Federal negado. 

A acusação contra Bruno Henrique

Bruno Henrique é acusado de forçar cartão em partida do Flamengo contra o Santos, em 2023, em benefício de apostadores. Segundo as notícias, além do Camisa 27, também foram indiciados: Wander Nunes Pinto Júnior, irmão, Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de BH. Os três teriam apostado no cartão do atacante.

A investigação envolve mensagens que a Polícia Federal extraiu do telefone de Bruno e de seus familiares. Uma dessas supostas conversas seria entre o atacante e seu irmão, onde falam sobre o cartão amarelo e há citação sobre o jogo com o Santos. 

Investigadores apontam que o ídolo rubro-negro tentou forçar o cartão pelo quatro vezes ao longo do jogo. Cabe ao MP decidir se vai avançar com o processo ou recusar. O órgão está com o caso desde abril. 

Defesa pediu arquivamento

A defesa do atacante Bruno Henrique protocolou junto à 7ª Vara Criminal do Distrito Federal um pedido de arquivamento do inquérito. A alegação é que as acusações não refletem as ações do atleta e sua intenção. Por isso, entende que o caso deveria ser arquivado.

Os advogados reforçam que o atleta não teve o intuito de beneficiar apostadores e, além disso, que forçar um cartão amarelo para ficar suspenso de acordo com um planejamento para o calendário é algo normal do futebol. 

"É necessário destacar que o tipo penal do artigo 200 da Lei Geral do Esporte não se aplica à situação hipotética de um atleta que deliberadamente recebe um cartão amarelo em razão de estratégia desportiva."


Matheus Celani
Autor
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.